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Peixe mais caro do mundo chega a custar R$ 800 no Brasil


Por Flipar
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Em um leilão realizado no Japão em 2019, esse exemplar extraordinário chegou a ser negociado por incríveis US$ 3 milhões o quilo.

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Nos restaurantes brasileiros, essa iguaria pode ser adquirida por valores mais “acessíveis”, que variam de R$ 500 a R$ 800 por quilo, dependendo do corte escolhido.

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Nos mercados de Tóquio, por outro lado, o preço pode chegar a até R$ 1500 por quilo em “dias normais”.

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A singularidade do “bluefin” vem da textura de sua carne, que é consideravelmente mais macia quando comparada a outras variedades de atuns, devido ao maior teor de gordura.

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Nesse aspecto, o Atum Azul lembra até mesmo o Wagyu japonês, famoso pelo seu alto valor, que ostenta o primeiro lugar no pódio de carne bovina mais cara do mundo.

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Além do alto teor de gordura, a carne do bluefin tem mais acidez que atuns comuns.

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O Atum Azul não apenas é reconhecido por sua carne de alta qualidade, que é suculenta, robusta e volumosa, mas também pela forma como é capturado em águas profundas.

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Sua pesca requer o uso de embarcações e tecnologias de última geração, que, por sua vez, provocam um custo mais alto para quem quer capturá-lo.

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Isso sem falar na intensa demanda pelo Atum Azul e a publicidade gerada por meio de leilões no Japão que contribuem significativamente para inflacionar seu valor ainda mais.

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O corte mais caro do Atum Azul – pelo fato de ter mais gordura – é o toro, que fica na barriga.

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E eles não costumam ser pequenos. No Brasil, os bluefins importados chegam a pesar em torno de 200 kg. Alguns são ainda maiores e podem chegar 2,5 m de comprimento e pesar incríveis 600 kg!

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O fato desse atum ser tão caro faz com que os restaurantes brasileiros se unam para comprá-lo e baratear seu valor final.

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Eles até são servidos nos restaurantes brasileiros, mas não são comuns. Por aqui, o mebachi e o yellowfin (foto) são os mais famosos nos estabelecimentos.

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O bluefin faz parte da espécie de atuns chamada “Thunnus”. Há três variações: o thynnus, que vive no oceano Atlântico; o maccoyii, que habita os mares do Sul do planeta; e o orientalis, que vive nas águas do Pacífico Norte.

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O maior fornecedor de bluefin para o Brasil é a Espanha.

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Atualmente, o bluefin é um peixe ameaçado de extinção. A pesca excessiva e a poluição dos oceanos estão levando à diminuição da população desse tipo de atum.

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A captura do Atum Azul é regida por normas gerais da indústria pesqueira.

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A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar ('Covemar'), estipula que todos os países têm o direito de pescar em águas internacionais, desde que estabeleçam órgãos de gestão destinados a preservar os recursos naturais.

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No Atlântico, essa entidade é a 'Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico', ou ICCAT, responsável por definir cotas específicas de pesca para as diversas espécies de atuns, incluindo o Atum Azul do Atlântico.

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Segundo a portaria 445 de 17 de dezembro de 2014 do Ministério do Meio Ambiente, hoje o Brasil não pode pescar o Bluefin do Atlântico por uma regulamentação interna.

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Apesar de chegar até a costa do Maranhão, o Brasil não conseguiria pescar o Atum Azul por não ter a embarcação adequada. Isso porque o 'Rei dos Atuns' costuma ficar a 1 km de profundidade, o que exige uma tecnologia avançada de pesca.

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