Segurança

Pra quem não viu: Matador que fez dezenas de vítimas é assassinado


Por Flipar
Reprodução de TV

Pedrinho estava com 68 anos e foi encontrado morto por volta das 10h, na Rua José Rodrigues da Costa, no bairro Ponte Grande. De acordo com testemunhas e a PM, Pedro estava sentado em um banco na rua, quando um carro Volkswagen Gol G5 preto.

Reprodução de TV

Dois homens mascarados desceram do carro e atiraram em Pedrinho. Segundo testemunhas, foram cerca de seis tiros. Já um terceiro ficou no banco do motorista. Depois, Pedrinho foi degolado com uma faca de cozinha, e os assassinos fugiram. Quando a Polícia chegou, Pedro já tinha falecido.

Reprodução de TV

De acordo com uma tia de Pedrinho, ele estava com uma criança no colo, mas ela, felizmente, não ficou ferida. Já segundo a PM, os suspeitos abandonaram o carro preto e entraram em um branco para continuar a fuga. Este ainda não foi localizado. Assim, é de se imaginar que eles tiraram as máscaras para não darem pistas.

Reprodução de TV

O carro foi encontrado na Estrada Cruz do Século, também em Mogi das Cruzes.

creative commons/Domínio Público

De acordo com os familiares, ele estava em Mogi das Cruzes visitando a família, como era comum. Dessa forma, tudo indica que os assassinos estudaram os hábitos de Pedro.

Reprodução de TV

'Eu estava tomando café, só escutamos tiro. Saí no portão e vi o povo correndo pra cá. Aí falaram que era ele. Ele veio aí com a sobrinhada aí, fica aí o dia inteiro, almoça aí, depois vai embora. Morava na praia e vinha pra cá', contou o tio dele, José Roberto de Andrade.

Reprodução de TV

'Ele estava na casa da irmã dele, minha sobrinha. Ela ficou de fazer um almoço pra ele hoje, porque vinha pra cá. Veio pra cá pra acontecer isso', completou José, ao site 'G1'.

Reprodução Twitter

Pedro Rodrigues Filho era mineiro de Santa Rita do Sapucaí. Ele nasceu em uma família com muitos traumas e problemas. Ele nasceu com parte do crânio ferido, fruto de uma agressão de seu pai a sua mãe, quando estava grávida. Na ocasião, Pedro Rodrigues, o pai, acertou chutes na barriga.

Reprodução Youtube

Aos 9 anos, fugiu de casa e foi morar com parentes na mesma cidade. Meses depois, mudou-se para São Paulo capital, onde entrou no mundo do crime. Estima-se que seu primeiro assassinato foi logo aos 11, quando matou o traficante Jorge Galvão, em Itaquera. O irmão e o cunhado de Galvão também foram mortos.

Reprodução de TV

Aos 13, ele quase matou o próprio primo o empurrando em uma máquina de moer cana, após uma briga. Com 14, matou o vice-prefeito de Alfenas (MG), após este ter demitido o seu pai suspeitando de um roubo. Ele usou uma espingarda que era de seu avô.

Reprodução Youtube

Depois, Pedrinho matou um guarda que ele acreditava ser o verdadeiro ladrão e fugiu novamente, agora para Mogi das Cruzes. Estima-se que ele nunca foi para a escola. Na cidade paulista, começou a roubar e matar traficantes. Pedrinho se apaixonou pela viúva de um traficante, conhecida como Botinha.

Reprodução de TV

Eles logo foram morar juntos e ele assumiu os 'negócios da família' e matou alguns concorrentes, mas ela foi morta pela Polícia pouco depois. Meses depois, ele encontrou um novo amor: Maria Aparecida Olímpia, que também foi assassinada.

Reprodução de TV

Pedrinho então torturou e matou várias pessoas até descobrir o responsável. Quando finalmente descobriu o autor, um traficante rival, invadiu a festa de casamento dele e deixou sete mortos e 16 feridos. Em 1973, quando tinha 18 anos, foi preso pela primeira vez.

Reprodução Youtube

Ele foi condenado a 128 anos de cadeia, onde matou cerca de 50 pessoas. Relatos apontam que ele matou no refeitório, no camburão, na cela e no pátio , por diversos motivos, como 'não ir com a cara'. Em uma prisão em Araraquara (SP), matou um homem acusado de matar a irmã de Pedrinho.

Reprodução de TV

Pedrinho deveria ter sido solto em 2003, pois a lei brasileira diz que um cidadão, por mais que a condenação seja maior, só pode ficar preso por 30 anos. No entanto, por conta dos crimes na cadeia, ficou preso até 2007.

Wikimedia commons/Autor Desconhecido

Ficou um tempo em Fortaleza, mas foi preso novamente em 2011, em Camboriú (SC), onde trabalhava como caseiro, mas foi pego por motim e cárcere privado. Em 2018, foi solto pela segunda e última vez.

Divulgação/Policia Civil

Desde então, Pedrinho tinha um canal no Youtube, além de uma página no Instagram onde se intitulava como 'ex-matador'.

Reprodução TikTok

Ele fazia propaganda de seu livro e dizia que estava convertido ao cristianismo, longe do mundo do crime. A história vai virar filme, com direção do cineasta Fernando Grostein de Andrade, irmão do apresentador Luciano Huck.

Reprodução Youtube

Em entrevistas, Pedrinho contou que mais de 100 pessoas, mas acredita-se que este número pode ter sido aumentado para ficar mais famoso. A Justiça contabiliza 71 assassinatos.

Reprodução Youtube

Pedrinho destacava que gostava de assassinar pessoas que, na sua interpretação, eram um mal para a sociedade. Pedro Rodrigues Filho foi, portanto, uma espécie de justiceiro e/ou vingador. Ele até tatuou a frase 'Mato por prazer'.

Reprodução de TV

Depois de Pedrinho, o serial com mais assassinatos confirmados no Brasil é Hélio José Muniz Filho, mais conhecido como Helinho Justiceiro, que nasceu e viveu em Pernambuco. Ele foi preso em 1997, aos 20 anos, após matar mais de 60 pessoas. Em 2001, foi assassinado numa cadeia no Recife. Ele tinha pego 201 anos de reclusão.

Reprodução Youtube

Quem encontra-se preso é Francisco das Chagas Rodrigues de Brito, o Emasculador (aquele que retira os órgãos sexuais masculinos do Maranhão). Pedófilo, abusou, matou e arrancou os órgãos sexuais de 42 garotos entre 1989 e 2004, quando foi preso. Também cortou as orelhas de alguns deles.

Reprodução de TV

O serial killer mais recente que se teve notícia no Brasil foi Lázaro Barbosa. Baiano, ele ficou muito famoso em 2021, quando matou 4 pessoas da mesma família, em Ceilândia (DF). Após 20 dias de perseguição, foi morto em Goiás, após troca de tiros com a Policia. Tinha 32 anos e muitos outros crimes nas costas. 

Divulgação/Policia Civil do Estado de Goiás