A tumba agora contém a múmia do faraó em uma caixa de vidro, assim como o seu sarcófago exterior, feito de madeira dourada.
Mas existem outras múmias consideradas verdadeiras relíquias pelos pesquisadores. Veja quais são as múmias mais famosas do mundo.
A prática de preservar corpos remonta a uma época anterior ao Antigo Egito. Pelo menos 3.500 anos antes dos faraós egípcios que ganharam fama, já havia mumificação.
Os corpos de nobres eram enterrados junto com objetos pessoais e muitas preciosidades. Mas, em outros casos, ocorreram mumificações naturais, sem intervenção humana, e sim por causa da ação do ambiente sob determinadas condições, como essa galeria vai mostrar.
As múmias revelam aspectos da cultura, da alimentação, dos costumes de povos inteiros. São importantes fontes de conhecimento.
ÖTZI, o Homem de Gelo - Descoberto nos Alpes, no oeste da Áustria, em 1991. Os cientistas descobriram que ele tinha entre 30 e 45 anos, 1,62 metro e viveu na Idade do Cobre (há 5.300 anos!)
Exames mostrara que Otzi morreu com uma flechada e que antes de morrer havia ingerido carne de íbex.
GINGER - Encontrada no Egito em 1896, viveu há cerca de 5.500 anos. Apesar do nome, exames mostraram que trata-se de um homem entre 18 e 24 anos. Ele morreu com uma facada nas costas.
HOMEM DE TOLLUND - Encontrado num pântano na Dinamarca em 1940, morreu asfixiado e a corda ainda está no seu pescoço Viveu entre cerca de 405 a.C e 380 a.C, na Idade do Ferro. Sua última refeição foi mingau de cevada e peixe.
Suspeita-se que tenha sido sacrificado, pois estava em posição fetal com olhos e boca fechados. Tinha entre 30 e 40 anos, e 1,63m. Seu corpo encolheu no pântano.
XIN ZHUI - O corpo desta senhora chinesa, de 168 a.C, foi sepultado em túmulo com argila, preenchido com fluido de embalsamento, o que permitiu que a múmia ficasse até com os membros flexíveis, pele macia e cabeça cheia de cabelos. Encontrada em 1971.
RAMSÉS II - Também chamado de O Grande, governou o Egito de 1303 a.C a 1213 a.C. Ramsés tinha 1,80m e morreu por volta dos 90 anos de idade.
A múmia de Ramsés chegou a ser trocada de lugar por sacerdotes em 11 a.C para protegê-la de saqueadores e foi encontrada num caixão comum, num esconderijo, em 1881.
PRINCESA UKOK - Também conhecida como Donzela de Gelo Siberiana, viveu no século 5 a.C em Altai, na Rússia, e foi achada num caixão de lariço com seis cavalos sacrificados. Chamaram atenção as tatuagens na múmia. Viveu cerca de 25 anos.
Na região onde foi Akok foi encontrada viveu o povo de cultura Pazyryk e, graças à múmia, foi possível descobrir que já havia rotas de longa distância na época, pois, além de lã e pelo de camelo, ela também vestia seda.
MÚMIAS DE CHINCHORRO - Estão entre as múmias feitas pelo homem mais antigas, datando de 7.000 anos. Os corpos tinham os órgãos retirados e recebiam juncos e argila. A pele era pintada de vermelho ou preto.
O povo chinchorro viveu no Deserto do Atacama, no Chile, e não deixou escritos. Por isso, as múmias trazem informações valiosas para a compreensão da sua cultura.
MÚMIAS DE FRANKLIN - São corpos mumificados de três tripulantes da expedição de John Franklin no Oceano Ártico, ao norte do Canadá.
O que mais impressionou foi o grau de conservação de John Torrington, inclusive com os olhos abertos, Ele morreu aos 20 anos em 1/1/1846, conforme informação no caixão. Exames mostraram que ele tinha sofrido doença pulmonar.
HOMEM DE GRAUBALLE - Descoberto na primeira metade do século 20, chama atenção pelos cabelos ruivos. Viveu há mais de 2 mil anos e tinha cerca de 20 quando morreu, provavelmente em ritual de sacrifício. Tinha corte profundo no pescoço.
MÚMIAS DE TARIM - Preservadas na areia seca e saturada do Deserto de Takla-Makán, no oeste da China. Descobertas no início dos anos 1990.
Diferentemente das múmias dos antigos egípcios, dos incas e de seus predecessores, onde tentava-se preservar artificialmente o corpo humano para a vida após a morte, as múmias de Tarim foram preservadas naturalmente.
MÚMIAS DE LLULLAILLACO - Uma menina de 6 anos, um menino de 7 e uma adolescente de 15 (foto) foram desenterrados no topo do vulcão Llullaillaco, nos Andes, a 6.739m de altitude, na fronteira entre Argentina e Chile.
MÚMIAS DE GUANAJUATO - São corpos mumificados, sepultados durante a epidemia de cólera em Guanajuato, no México, em 1833. Elas se mumificaram naturalmente. Foram desenterradas depois que parentes não aceitaram pagar taxa ao governo para manutenção do cemitério.
Os corpos foram guardados num depósito e funcionários começaram a cobrar pela entrada. A iniciativa deu origem ao Museu das Múmias.