O Google é o mecanismo de pesquisa mais popular e mais acessado do mundo. E quem viveu na época das enciclopédias de papel (Barsa, etc) se espantou quando a plataforma facilitou o estudo e o trabalho. Veja a história dessa incrível empresa.
Começou em 1996 como um projeto de pesquisa (tecnologia 'PageRank') dos estudantes de doutorado Larry Page e Sergey Brin (já presidente da Alphabet Inc., empresa controladora do Google).
Os dois jovens da Universidade Stanford queriam teorizar sobre um sistema de busca diferenciado, que analisaria as relações entre os sites, e não só os resultados com base na quantidade de vezes em que a palavra-chave estivesse presente na primeira página de resposta.
O Google foi registrado como domínio na Web em 1997, mas só se ergueu como empresa em 1998. Sua sede inicial ficava na garagem de Susan Wojcicki (foto), amiga de Larry e Sergey na Califórnia. O primeiro funcionário contratado, Craig Silverstein, foi um colega de doutorado de Sergey e Larry em 1997.
A empresa mudou sua sede para Palo Alto, Califórnia (famoso Vale do Silício, que abriga muitas startups e empresas globais de tecnologia, como a Apple e Facebook), em 1999.
No ano 2000, o Google começou a ser financiado por anúncios associados a palavras-chave.
Como o motor de busca era rudimentar e exigia muito tempo para ter respostas, os criadores tentaram vender o Google para a empresa Excite por US $1 milhão. A oferta, hoje ínfima em comparação ao valor no mercado, foi recusada pelo CEO George Bell (foto), e até hoje é lembrada como um dos maiores arrependimentos do mundo dos negócios.
O projeto continuou nas mãos dos idealizadores. Até então, o Google não tinha opção de oferecer imagens como resultados de busca – só links. Uma foto da atriz Jennifer Lopez, porém, foi a responsável por criar o famoso Google Imagens.
No Grammy de 2000, Jennifer Lopez usou um vestido que causou curiosidade de muitas pessoas. Ao não encontrarem o vestido no Google, as pessoas se frustravam. Isso fez o CEO Eric Schmidt idealizar uma aplicação de busca por imagens.
O Google também lançou ao longo dos anos uma série de ferramentas online, como o Gmail, serviço de webmail gratuito, lançado em 2004 como o primeiro serviço online de e-mail com um gigabyte de armazenamento.
Outra aplicação lançada em 2006 foi o Google Trends, que permite observar o nível de interesse dos usuários por assuntos diversos e termos mais populares na busca.
Dentre as empresas compradas pelo Google desde 2001 está a Keyhole, Inc., adquirida em 2004. Esta start-up desenvolveu o ex-Earth Viewer (renomeado em 2005 para Google Earth), focado num modelo tridimensional do globo terrestre a partir de um mosaico de imagens de satélite.
Em 2006, lançou o Google Video, que permite encontrar vídeos alojados, não somente no Google Video, mas também no YouTube e outros websites de vídeos, até de concorrentes, como o Yahoo!
Outra famosa aplicação é o Google Docs, obtido pelo Google em 2006. Inicialmente chamado Writely, o serviço permite criar e editar documentos colaborativamente em um ambiente online.
De mudança para um 'escritório' de 28.900 m² em Nova Iorque, em 2006 o Google anunciou a compra do famoso site YouTube por 1,65 bilhão de dólares.
Devido à sua cultura corporativa informal, a empresa foi classificada em primeiro lugar pela revista Fortune como um dos melhores locais para se trabalhar em 2007 e 2008.
Em 2007, o Google começou a patrocinar o NORAD Tracks Santa, programa anual de entretenimento. Na véspera do Natal, o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) rastreia com o Google Earth o Papai Noel deixando o Polo Norte e sua viagem pelo mundo para entrega de presentes.
Em 2009, o Google anunciou o Google Chrome OS, um sistema operacional de código aberto baseado no Linux, que inclui um navegador de web projetado para que os usuários façam login em contas Google.
Em 2010, o Google Energy (para reduzir custos de energia do próprio Google) investiu num projeto de energia renovável (38,8 milhões dólares em dois parques eólicos nos EUA: os 169,5 megawatts de potência equivalem ao abastecimento de 55 mil casas).
Em 2011, a empresa anunciou o Google+, ex-mídia social construída para unir serviços: Google Account, Google Fotos, Play Store, Youtube e Gmail. Por não apresentar o resultado esperado, a aplicação foi desativada em 2019.
Em 2015 o slogan não oficial 'Não seja mal' foi substituído no código de conduta corporativo da Alphabet (conglomerado de empresas pertencentes ou vinculadas ao Google) pela frase 'Faça a coisa certa'.
Em 2017, o Google, avaliado em 245 bilhões de dólares à época, foi eleita a marca mais valiosa do mundo, segundo ranking da BrandZ, pesquisa de mercado com mais de 3 milhões de consumidores.
Em 2020, o Google anunciou a disponibilização gratuita do Google Meet, serviço de vídeochamadas que substituiu a versão anterior do Google Hangouts e do Google Chat. Com a pandemia e, consequentemente, a modalidade de trabalho 'Home Office', o serviço de videoconferências do Google Meets cresceu 275% durante os primeiros meses de 2021.
Segundo a revista Forbes, especializada em Economia, a marca Google está avaliada neste ano de 2023 em US$ 281,38 bilhões (R$ 1,47 trilhão).