Em segundo lugar na pesquisa, ficou a ex-primeira-dama do Brasil Michelle Bolsonaro.
Depois aparecem, nesta ordem, Ivete Sangalo (foto) , Anitta, Ana Maria Braga, Dilma Rousseff, Marina Silva, Taís Araújo, Gisele Bündchen e Maria da Penha.
A pesquisa foi realizada com 1.506 pessoas, entre os dias 28 de fevereiro e 2 de março. O resultado, porém, só foi divulgado em 16/6. Fernanda ganhou pelo quarto ano seguido, o que só reforça o quanto ela é admirada no país.
Fernanda Montenegro ganhou com 9,4% das citações. A pesquisa foi realizada pelo Instituto QualiBest, encomendada pela revista 'Forbes', especialista em finanças e listas.
Fernanda Montenegro faz 94 anos neste 16/10/2023. Relembre a carreira dessa mulher tão admirada.
Fernanda Montenegro nasceu em 16/10/1929, no Rio de Janeiro. Seu nome de batismo, porém, é Arlette Pinheiro Monteiro Torres. Aos 15 anos, ela fez um concurso para ser locutora da Rádio Ministério da Educação e Saúde, atual Rádio MEC.
Ela foi aprovada e não demorou muito para também se interessar por radionovelas. Logo, resolveu adotar o nome artístico de Fernanda Montenegro e também a dar aulas de português para estrangeiros, como forma de melhorar os rendimentos.
Em 1950, ingressou no teatro. No ano seguinte, foi a primeira atriz contratada da recém criada TV Tupi. Já em 1954, transferiu-se para a Record e participou, entre outras, da primeira novela da história da emissora. Em 56, voltou para a TV Tupi, onde fez mais novelas e teleteatros.
Nos anos seguintes, teve novas passagens pela Tupi, além da Excelsior, TV Rio e Bandeirantes. Em 1981, Fernanda Montenegro foi contratada pela TV Globo, após um 'teste': um especial em 1973.
Logo no primeiro ano, Montenegro atuou em 'Baila Comigo', de Manoel Carlos. Ela já tinha tanto respeito que o papel, Sílvia Toledo, foi feito 'sob encomenda'. Ainda em 81, fez 'Brilhante'. Já em 1983, também mostrou ser grande comediante em 'Guerra dos Sexos'. A obra é um grande clássico da Globo.
Já em 1986, Montenegro participou de 'Cambalacho', outra novela bem engraçada. Em 90, teve participação especial em 'Rainha da Sucata', outro clássico. No mesmo ano, integrou o elenco da minissérie 'Riacho Doce'. Em 91, interpretou a cafetina Olga Portela, na novela 'O Dono do Mundo' (foto).
Apesar de vilã, a personagem cativou o público, assim como Beatriz Falcão, em 'Belíssima' (2005).
Outra que marcou muito foi Jacutinga (1993), a dona de um bordel na Bahia, na novela 'Renascer'.
Em 1998, ela fez o filme 'Central do Brasil'. Para muitos, é a principal obra da vida dela e a maior do Brasil. Por isso, o longa foi indicado ao Oscar. A obra é uma ficção e um drama.
Ela conta a história de um garoto pobre e analfabeto que ficou órfão da mãe e agora quer ir pro Nordeste atrás do pai. Dora, a personagem de Fernanda, então o ajuda nessa missão.
Um dos trabalhos mais marcantes de Fernanda foi como Nossa Senhora, no filme 'O Auto da Compadecida' (2000), de Guel Arraes. O longa é um dos mais famosos da história do Brasil, sendo premiado até no exterior.
Fernanda Montenegro é amplamente reconhecida como a maior atriz da história brasileira de todos os tempos. Ela é famosa até fora do Brasil, o que é algo muito difícil para atores. São 91 prêmios, além de 119 indicações, incluindo um para o Oscar.
A indicação de Fernanda Montenegro foi justamente por sua atuação no filme 'Central do Brasil'. Foi a primeira latino-americana e a única brasileira indicada ao Oscar de Melhor Atriz. É também a única atriz indicada ao Oscar por uma atuação em língua portuguesa.
Muito por conta disso, ela acabou ficando famosa internacionalmente. Este trabalho também a fez ganhar, em 1998, o Urso de Prata, do Festival de Berlim.
Em 2017, outro trabalho dela foi como Mercedes, em 'O Outro lado do Paraíso'. A novela é amplamente reconhecida como uma das menos bem sucedidas da emissora, mas Fernanda deu outro show de atuação.
Mesmo aos 93 anos, ela ainda exibe muita física saúde e mental, embora esteja optando por trabalhar menos. No ano passado, por exemplo, ela recusou o papel em uma novela e deixou a Rede Globo para pensar mais em cinema e teatro.
Em 2021, por exemplo, ela foi a primeira atriz a entrar na Academia Brasileira de Letras. Ela ainda é a primeira mulher a ocupar a cadeira 17 deste seleto time fundado por Machado de Assis em 1895.