O artista foi contactado para recriar duas de suas obras que utilizavam como matéria-prima notas coladas em um quadro para representar rendimentos. Por outro lado, o idealizador entregou o pedido apenas com as molduras vazias.
Na visão do artista, as molduras destacavam os salários médios de um dinamarquês e um austríaco. No entanto, a apresentação das telas em branco não agradaram em nada os donos do museu.
“Não creio que tenha cometido roubo... Fiz uma obra de arte, que talvez seja 10 ou 100 vezes melhor do que havíamos planejado. Qual é o problema?', declarou.
Com isso, o Museu Kunsten de Arte Moderna de Aalborg optou por processar o artista no tribunal. Após quase dois anos de um longo processo judicial, o idealizador da obra terá que devolver toda a quantia que recebeu.
Na definição do caso, o Tribunal Municipal de Copenhague considerou que a obra era 'deficiente' face ao acordado no seu contrato com o museu Kunsten. Até porque a promessa era entregar peças diferentes.
Dessa forma, o artista teve que devolver o dinheiro que recebeu pela criação e exposição da obra e teve que arcar com os custos do processo. Além disso, o museu não violou os seus direitos de autor.
“Encorajo outras pessoas que têm condições de trabalho tão miseráveis ??como as minhas a fazerem o mesmo. Se eles têm um emprego de merda e não são pagos, e ainda por cima lhes pedem para investir dinheiro para o trabalho, então devem aceitar o que puderem.', afirmou.
Por outro lado, o artista alegou que pintar as obras custou-lhe mais de 3.000 euros. O idealizador das telas vazias voltou a reiterar que não cometeu qualquer roubo.
O museu, por sua vez, reafirmou não ter violado o contrato e que teve um comportamento extremamente profissional e justo na condução da negociação.
“Não somos um museu rico. Temos que pensar cuidadosamente sobre como gastamos nossos fundos e não gastar mais do que podemos pagar.”
O museu chegou a exibir as pinturas em branco de Haaning, assim como seu e-mail impresso explicando o conceito de seu protesto.
Em 1917, os questionamentos sobre o que é arte esquentaram entre os intelectuais com a criação de Marcel Duchamp. O idealizador expôs em mictório (ou urinol), assinado como R. Mutt, para a exposição da Associação dos artistas Independentes de Nova York.
Na ocasião, Duchamp escolheu o urinol por causa de sua falta de estética. Para ele, a obra tinha um caráter erótico e a inversão física do objeto tinha conotações sexuais.
Com o tempo, 'A Fonte' passou a ser internacionalmente conhecida e fotografada por Alfred Stieglitz, dono de uma das galerias de arte mais badaladas de Nova York.
Além do Kunsten de Arte Moderna de Aalborg, a Dinamarca é repleta de museus históricos, que abrangem sua rica cultura desde os primórdios. Um deles é o Nacional e Copenhague, que tem objetos que provém da coleção particular que o rei Frederico III mantinha em sua residência no século XVII.
Na capital, também existe a Galeria Nacional da Dinamarca, que é um museu de arte voltado à coleções dinamarquesas e internacionais do século XIV até os dias atuais.
O Museu do Design, também conhecido como Designmuseum Danmark, é dedicado à cultura visual dinamarquesa e está instalado em um edifício histórico do século XVIII, um dos mais belos da capital.
A Dinamarca também conta com o Museu Thorvaldsen, que é dedicado ao escultor Bertel Thorvaldsen, um dos artistas mais icônicos da história do país.
A coleção do museu da resistência inclui uniformes, armas, ferramentas de espionagem, fotografias e cartas, que foram usadas pelos membros da resistência à ocupação alemã.
A Coleção Hirschsprung é um museu de arte que foi fundado no início do século XX pelo comerciante de tabaco Heinrich Hirschsprung e sua esposa Pauline. Ela possui 7.000 peças, principalmente pinturas e esculturas do século XVIII ao início do século XX.