De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, um jovem de 15 anos, também estudante, entrou na escola portando uma arma e disparou várias vezes.
O adolescente foi detido e a arma foi apreendida.
Até o início da tarde desta segunda (23/10), a polícia ainda não havia revelado a razão por trás do ataque ou a origem da arma.
Três alunos foram alvejados pelos tiros. A vítima que não sobreviveu aos ferimentos foi atingida na cabeça.
Outros dois estudantes foram feridos no peito e na clavícula. Além disso, segundo um comunicado emitido pelo governo estadual, um quarto aluno se machucou enquanto tentava escapar durante o ataque.
Os estudantes feridos foram conduzidos ao pronto-socorro do Hospital Geral de Sapopemba. Até o momento, não se tem informações sobre o estado de saúde deles.
O governo de SP comunicou que “lamenta profundamente e se solidariza com as famílias das vítimas do ataque”.
“Nesse momento, a prioridade é o atendimento às vítimas e apoio psicológico aos alunos, profissionais da educação e familiares', finalizou a nota.
No X (antigo Twitter), o governador Tarcísio de Freitas também se manifestou com uma mensagem.
Tudo indica que o ataque aconteceu por volta das 7h20 da manhã. Às 7h30, a PM recebeu um chamado e enviou um helicóptero e 20 viaturas para o local.
Os pais dos alunos se dirigiram à escola após serem informados do ataque.
'Eu moro na mesma rua da escola. Eu estava tomando café para ir trabalhar, e eu e meu irmão ouvimos em torno de três tiros. Meu irmão ouviu gritos, eu subi para o quarto e abri a janela”, contou uma testemunha, ao g1.
“E vi o pessoal saindo correndo da escola. Fui em frente à escola para saber o que houve, aí soube da notícia. Foi muito rápido', continuou.
Este não foi o primeiro ataque desse tipo ocorrido em 2023 na cidade de São Paulo. Em 27 de março, uma professora de 71 anos morreu e quatro pessoas ficaram feridas na Escola Estadual Thomázia Montoro, na Zona Oeste de São Paulo.
Na ocasião, um aluno do oitavo ano atacou as pessoas com uma faca.
O jovem de 13 anos foi desarmado e encaminhado para uma unidade da Fundação Casa.
A professora Elisabete Tenreiro começou a lecionar em 2015 e havia ingressado na Escola Thomazia Montoro no início do ano.
Ela já tinha se aposentado em 2020, após trabalhar como técnica no Instituto Adolfo Lutz, mas continuou a dar aulas de ciências.
Segundo o g1, cinco meses após o ataque, ainda não havia psicólogos disponíveis para apoiar os professores e os estudantes na instituição.
Essa informação contradiz a promessa que havia sido feita pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Naquela ocasião, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) chegou a alegar ter aumentado quatro vezes o orçamento original destinado a políticas de segurança e convivência nas escolas.
De acordo com o g1, duas professoras que foram vítimas do ataque afirmaram que tanto professores como alunos foram instruídos a procurar atendimento psicológico no Sistema Único de Saúde (SUS).
Esse tipo de ataque em escolas, frenquente nos EUA, tem provocado pânico no Brasil nas últimas décadas. Em 2021, completaram-se 10 anos do “Massacre de Realengo”, que deixou 12 crianças mortas no Rio de Janeiro.
Na ocasião, o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, então com 23 anos, mentiu ser palestrante e entrou na escola Tasso da Silveira com dois revólveres.
Também em 2023, no dia 19 de junho, um ex-aluno de 21 anos entrou no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, norte do Paraná, e matou dois estudantes.
O agressor foi preso em flagrante. No dia seguinte, o autor do crime foi encontrado morto em sua cela na Casa de Custódia de Londrina. Segundo o Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (Deppen), o atirador teria cometido suicídio.