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Guerra esvazia Natal na cidade onde Jesus nasceu


Por Flipar
Gerd Altmann Pixabay

A data também é importante para a economia em vários países, já que movimenta a indústria e o comércio, com a produção e a venda de presentes.

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Mas, este ano, o Natal não será comemorado justamente em Belém, que, de acordo com a tradição, é o local onde Jesus nasceu.

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Isso por causa da guerra, que começou em 7 de outubro de 2023 com o ataque terrorista do Grupo Hamas a Israel.

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Situada na Cisjordânia, Belém ficou esvaziada por causa da guerra e pelo aumento da violência na região ocupada por judeus e árabes.

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Proprietário do Alexander Hotel, Joey Canavati afirmou à Reuters TV que seu hotel não tem nenhum hóspede. "Este será o Pior Natal de todos. Belém está fechada para o Natal. Sem árvore de Natal, sem alegria, sem espírito natalino", disse.

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Localizada nas Montanhas da Judeia, Belém fica a cerca de 8 km ao sul de Jerusalém e depende fortemente de turistas do mundo todo.

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Belém fica na Cisjordânia, é administrada pela Autoridade Nacional Palestina e seria a capital do futuro Estado Palestino. Porém, por causa da proximidade com Israel, acabou sendo afetada pela guerra com o Hamas.

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A importância de Belém vai muito além do aspecto religioso, já que os primeiros assentamentos na região datam de 3.000 a.C., pelas tribos cananeias.

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A terra de Belém sempre foi alvo de disputas, como entre israelitas e filisteus, que causaram numerosas guerras desde 1.200 a.C.

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No ano 326, Helena - mãe do imperador romano Constantino - ordenou a construção da Basílica da Natividade.

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A estrutura da Igreja da Natividade foi construída sobre uma caverna, que a tradição cristã marca como o local exato do nascimento de Jesus (Lucas 2:4).

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No Novo Testamento consta que os pais de Jesus viviam em Nazaré, mas foram para Belém para o censo, e Jesus teria nascido ali antes que a família voltasse para Nazaré.

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Nazaré, portanto, também é um local de peregrinação, já que teria sido lá que o Anjo Gabriel anunciou à Virgem Maria que ela iria gerar Jesus, onde hoje existe a Basílica da Anunciação.

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Voltando a Belém, a cidade também é sagrada no Islamismo, visto que os muçulmanos consideram Jesus como sendo o segundo maior profeta islâmico.

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Desta maneira, junto de Jerusalém e Nazaré, Belém faz parte do que é conhecido como "Terra Santa", por ser local sagrado para as três principais religiões monoteístas do mundo: cristianismo, islamismo e judaísmo.

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Na Bíblia, Belém foi identificada como a antiga aldeia de Efrata ou Belém de Judá.

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Belém também é tida como a terra natal de Davi, o segundo rei de Israel, e o lugar onde ele foi coroado por Samuel.

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Belém foi ocupada pela Jordânia, durante a Guerra Israelo-Árabe de 1948, e, posteriormente, por Israel, durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

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Desde então, Israel ocupa com assentamentos a região de Belém e de toda a Cisjordândia, que os palestinos querem como núcleo de um futuro Estado independente.

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Desde 7 de outubro de 2023, porém, o local tem registrado um aumento nos ataques de colonos judeus contra palestinos, que já atingiram o máximo dos últimos 15 anos antes do ataque do Hamas.

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Por isso, a Praça da Manjedoura de Belém, localizada em frente à Igreja da Natividade e que, normalmente, serve como ponto principal das celebrações de Natal, tem estado vazia e silenciosa, com a maioria das lojas de portas fechadas.

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