O azeite é um óleo vegetal extraído da azeitona, fruto da oliveira. Quanto mais calor, mais oxidação no produto e menos qualidade. Por esse motivo, os produtores espanhóis se preocupam com o aquecimento global, que pode assolar a colheita e afetar diretamente em seu preço.
Na Espanha, a produção de azeite premium acontece entre os meses de outubro e novembro, especificamente no outono. Justamente o período de temperaturas mais amenas, algo que não tem acontecido, visto que , desde 2022, o calor se intensificou.
O fato é que, durante a última safra, a Espanha perdeu muita azeitona com chuvas fora de época e esse calor constante, de temperaturas altíssimas, é prejudicial para a produção.
“Estamos colhendo a azeitona cada vez mais cedo e terminando a colheita, todos os dias, por volta da hora do almoço”, explicou José Dante Gonzales, diretor da marca de azeites premium, Oro Bailén. “Isso evita que a azeitona fique muito tempo exposta ao sol, durante a colheita"
O problema é quando as temperaturas ficam altas inclusive durante as manhãs. A saída será colher o fruto cada vez mais cedo, de madrugada.
“Como estamos em Jaén, percebemos que a gente precisava trabalhar nos meios agrícolas. O olivar aqui é uma coisa única. Nossa ideia é que o olivar seja amigável com a biodiversidade”, explica Carlos Ruiz González, responsável do projeto. É um jeito de diminuir naturalmente as temperaturas por ali, enquanto também contribui para um projeto mais sustentável.
Você viu que várias marcas famosas de azeite - um dos produtos mais comuns na cozinha - foram reprovadas por especialistas? O FLIPAR também mostra que a situação tá complicada. E agora republica para quem não viu.
O jornal Estadão divulgou, recentemente, um ranking dos azeites encontrados em supermercados no Brasil, por preço de até R$ 50 a garrafa de 500 ml.
A avaliação foi feita por um júri especializado, que provou cada marca, levando em conta aroma e sabor, observando, entre outros fatores, picância e viscosidade.
Três marcas foram elogiadas. Em primeiro lugar ficou o Las Docientas, fabricado no Chile. Qualidades: amargor e picância equilibrados, aroma levemente herbáceo, com toque de alcachofra. Preço aproximado: R$ 31.
Em segundo lugar ficou o O.Live & Co, também do Chile. Qualidades: Picância, sabor considerado potente. Perde para o campeão por causa de um leve defeito de fermentação.Preço aproximado: R$ 31.
Em terceiro lugar, Cocinero, produzido na Argentina. Aroma fermentado, intensidade média, leve aroma frutado, amargor e picância suaves. Preço aproximado: R$ 21
Veja agora, em ordem alfabética, a avaliação para outras marcas que estão nas prateleiras dos mercados brasileiros.
Andorinha:Pertence ao grupo Sovena, que importa para o Brasil os azeites do seu próprio olival em Portugal. Insosso e rançoso, com defeito de fermentação e levemente floral. Preço aproximado: R$ 27
Borges: É da Espanha, distribuído pela Cargill no Brasil. Defeito de fermentação, sabor acético (avinagrado) e rançoso. Preço aproximado: R$ 22
Carbonell: Produzido na Espanha. Defeitos de fermentação, amargor desagradável, sabor de remédio. Preço aproximado: R$ 23
De Cecco: A marca italiana tem aroma muito forte de fermentado, com bastante ranço e sem picância. Preço aproximado: R$ 37
Fillipo Berio: A marca italiana tem defeito de fermentação e sabor desagradável. Preço aproximado: R$ 25
Gallo: Uma das mais famosas marcas de azeite português, porém não agradou. Sabor insosso e ranço residual na boca. Preço aproximado: R$ 30.
La Pastina: Mais um produto italiano mal avaliado. Defeitos de fermentação. Preço aproximado: R$ 48
Mamma Bia - Outro italiano alvo de críticas. Picância que incomoda, defeito de fermentação e toque acético (avinagrado). Preço aproximado: R$ 35
Midas: O azeite grego tem aroma levemente floral, um pouco fermentado e com leve picância. Preço aproximado: R$ 50
Nova Oliva: Produzido no Chile, é levemente fermentado, acético (avinagrado) e com sabor rançoso similar ao de nozes velhas. Preço aproximado: R$ 30.
Oliveira da Serra: Assim como o azeite Andorinha, este também pertence ao grupo Sovena. Picância leve demais e defeito considerável no aroma. Preço aproximado: R$ 36
Paganini: Azeite italiano com aroma de fermentado muito forte, falta de amargor e de picância. Preço aproximado: R$ 40.
Qualitá: O azeite do grupo Pão de Açúcar, encontrado nos mercados da rede, é importado da Espanha. Amargor ruim e aroma excessivo de fermentado. Preço aproximado: R$ 27
Quinta Nova do Douro: O português é classificado como insosso, com defeito de fabricação e viscoso. Preço aproximado: R$ 26
Rafael Salgado: Azeite espanhol com aroma muito forte de fermentado, deixa oleosidade na boca, com amargor e picância reprovados. Preço aproximado: R$ 31
Raiola: Azeite italiano com sabor insosso e aroma de fermentado. Preço aproximado: R$ 43
Uniagro: Esse azeite que traz a marca Monde, da Espanha, tem defeito de fermentação e sabor picante desagradável. Preço aproximado: R$ 31
A região mediterrânea, atualmente, é responsável por 95% da produção mundial de azeite, favorecida pelas suas condições climáticas, propícias ao cultivo das oliveiras, com bastante sol e clima seco.
O azeite é um dos alimentos mais tradicionais, havendo registros de sua utilização pelos povos da Mesopotâmia, há mais de 6 mil anos
Escolha o azeite preferido e boa refeição!