O surgimento dos bunkers está relacionado a diferentes contextos ao longo da história. Durante a Segunda Guerra, por exemplo, eles se tornaram parte essencial das estratégias militares.
Alguns bunkers são construídos para servir como abrigos civis em casos de emergência, proporcionando proteção contra diferentes tipos de ameaças, como tornados, furacões ou ataques terroristas.
Em contextos mais recentes, já existem pessoas que construÃram bunkers privados como refúgios de sobrevivência, no geral em resposta a preocupações sobre catástrofes globais, colapsos sociais ou eventos apocalÃpticos.
Confira agora 12 bunkers secretos que viraram pontos turísticos!
The Greenbrier (Virgínia Ocidental, EUA): Nos anos 1950, foi erguido um abrigo antinuclear no lugar para abrigar todo o Congresso dos Estados Unidos em tempos de guerra. Conhecido como "Centro de Relocação de Emergência", foi desativado em 1992, quando sua existência foi revelada pela mídia.
Hoje hotel, o local já recebeu 26 presidentes de vários lugares do mundo. Visitantes e o público em geral também têm a oportunidade de explorar este lugar histórico.
Hospital in the Rock (Budapeste, Hungria): Inicialmente, o lugar funcionava como um hospital militar durante a Segunda Guerra Mundial e, posteriormente, foi ampliado durante a Guerra Fria para incluir abrigos nucleares.
Hoje ponto turístico, o lugar é cheio de manequins que recriam cenas da época, como médicos realizando cirurgias, uma sala repleta de leitos hospitalares e militares percorrendo um labirinto de túneis e salas.
The Kelvedon Hatch (Brentwood, Reino Unido): Com uma indicação de "bunker nuclear secreto", o abrigo foi construído como parte da defesa aérea do Reino Unido ainda nos anos 1950 e depois se tornou sede emergencial do governo.
Após ser desativado em 1992, foi convertido em um museu e ocasionalmente é utilizado para diversos projetos cinematográficos, incluindo o game “The Bunker”, lançado em 2016.
Nuclear Bunker Museum (Praga, República Tcheca): Localizado sob uma conhecida cervejaria na cidade, este museu é um ponto de encontro para músicos e artistas.
A entrada só é possível com a presença de um guia, e o local agora abriga uma mostra de itens utilizados pela União Soviética durante a Guerra Fria e a Segunda Guerra Mundial.
Bunker 42 (Moscou, Rússia): Esse bunker foi erguido próximo ao Kremlin com o propósito de servir como refúgio para Joseph Stalin e o governo da União Soviética em caso de um ataque nuclear.
Atualmente, o local funciona como um museu, com salões, salas de conferências, bar e restaurante, além de receber festas de casamento e infantis. Em dias normais, o bunker é aberto à visitação e possui artefatos da Guerra Fria e do período soviético em geral.
Hack Green (Nantwich, Reino Unido): Esse complexo subterrâneo começou como um local utilizado para operações militares durante a Segunda Guerra Mundial. Nos anos 50, o bunker sofreu uma reforma para resistir a explosões.
No fim dos anos 1990, o local foi desativado e passou a permitir visitação do público, que pode explorar centros de comunicação, instalações de descontaminação e ouvir transmissões originais. Também fica lá a maior exposição pública de armas nucleares na Europa.
ARK D-0 (Konjic, Bósnia): Idealizado por Josip Broz Tito, ex-líder iugoslavo, o lugar foi refúgio para 350 membros da elite em caso de um ataque nuclear. Foram 26 anos até a construção ser concluída.
O bunker quase foi demolido em 1992, mas permaneceu intacto graças à resistência da guarda militar da Bósnia. Para visitar o local, é possível fazer uma reserva por meio de uma empresa de turismo local ou participar da Bienal de Arte Contemporânea, um evento cultural europeu apoiado pela UNESCO.
Broadway Tower (Broadway, Reino Unido): A conclusão da Torre da Broadway ocorreu em 1798, por iniciativa de George William, sexto conde de Coventry, que a definiu como um mirante.
Depois, a torre chegou a ser usada para monitorar aviões inimigos sobre a Inglaterra durante as Guerras Mundiais, tendo ainda um bunker subterrâneo para proteção contra ataques nucleares na época da Guerra Fria. Desde 1991, o lugar está aberto para visitação.
Bunker Ligatne (Ligatne, Letônia): Apelidado de “A Casa da Pensão”, este bunker fica abaixo de um centro de reabilitação com spa, a uma profundidade de 10 m. Originalmente, ele foi concebido para abrigar a elite comunista letã em caso de um ataque nuclear.
Projetado para acomodar até 250 pessoas por três meses, o bunker conta com sistema de esgoto próprio, poço de água e fornecimento de eletricidade. Está desativado desde 2003.
Hotel Nacional de Cuba (Havana, Cuba): O hotel serviu de quartel-general para personalidades como Che Guevara e Fidel Castro durante a Crise dos Mísseis de Cuba, no início dos anos 1960.
O hotel de luxo também é conhecido por já ter recebido personalidades famosas como Winston Churchill, Frank Sinatra e Naomi Campbell. Além disso, o lugar se tornou um dos preferidos dos membros da máfia, o que foi retratado em “O Poderoso Chefão: Parte II”.
Bunker JFK (Flórida, EUA): Durante a Crise dos Mísseis de Cuba, John Fitzgerald Kennedy (JFK) ocupava o cargo de presidente dos Estados Unidos. Para assegurar que ele sempre estivesse próximo a um abrigo, a Marinha Americana construiu este bunker sob a Ilha de Peanut, a apenas 10 minutos de sua residência em Palm Springs.
Após o fim das ameaças de guerra nuclear, a estrutura foi deixada de lado. Na metade da década de 1990, o local foi alugado para fins de restauração e, em 1999, aberto ao público para visitação. Contudo, o espaço foi fechado no final de 2017, sem uma previsão para reabertura.
Bunk’Art (Tirana, Albânia): Inicialmente inaugurado como abrigo de fuga para o ditador comunista da Albânia, Enver Hoxha (1941-1985), e seu governo, este palácio subterrâneo original de cinco andares e 106 quartos passou por uma transformação.
Atualmente, uma parte do complexo abriga um museu histórico e uma galeria de arte contemporânea, onde são recriadas configurações originais da época, incluindo objetos e móveis.