O sucesso do réveillon em Copacabana é tanto que atrai turistas do Brasil e do mundo todo ano após ano.
Até a década de 1950, não era comum ter encontros nas praias do Rio de Janeiro para celebrar a chegada do novo ano.
Porém, a partir da década de 1960, representantes de religiões de origem africana começaram a marcar presença nas areias para comemorar o Ano-Novo e diminuir o preconceito.
Foi a partir da década de 1980 que o réveillon na praia de Copacabana começou a ter um grande espetáculo de fogos.
Com o aumento da frequência nas areias de Copacabana para ver os rituais religiosos e a crescente atração das queimas de fogos, que duravam até 40 minutos, o espetáculo precisou ter mais organização.
Além das longas queimas de fogos de artifício, outra atração em Copacabana era a cascata de fogos do antigo Hotel Meridien, localizado na Avenida Atlântica, e que durou 21 anos (até 2001).
E o que começou como uma festa bancada por hotéis e empresários do bairro para atrair mais turistas ganhou status de evento municipal com o então prefeito Cesar Maia organizando shows após a meia-noite. Isso no réveillon de 1993 para 1994.
No ano seguinte, com investimento de patrocinadores, a prefeitura do Rio montou um "festival" de música entre os dias 23 e 31 de dezembro.
Desta forma, no réveillon de 1994 para 1995, o cantor escocês Rod Stewart reuniu 3,5 milhões de pessoas na orla e estabeleceu o recorde de público até hoje no réveillon carioca, de acordo com o Guinesse Book (livro dos recordes).
Mas nem só de festa é a história do Ano Novo no Rio de Janeiro. Em 1988, o navio Bateau Mouche naufragou quando se dirigia para a praia de Copacabana. O acidente matou 55 pessoas.
E, em 2001, os tubos de PVC que revestiam as bombas dos fogos de artifício enterradas na faixa de areia explodiram, matando uma pessoa e deixando 48 feridos. O modelo deixou de ser adotado, com as bombas passando a explodir em balsas no mar.
No réveillon de 2024, a previsão é de que a queima de fogos em Copacabana dure 12 minutos, com dez balsas ancoradas ao longo da orla.
Uma das novidades será a presença de uma orquestra sinfônica, que vai tocar na hora da queima de fogos. Drones, com efeitos especiais homenageando os 40 anos do Rock in Rio, também serão um show a mais na hora da virada
Como já é tradição, o bairro de Copacabana será totalmente fechado para a passagem de carros e, por isso, a melhor opção será chegar de metrô, que venderá bilhetes especiais para a ocasião.
Entre as atrações musicais já confirmadas, destaque para Ludmilla, que vai se apresentar pela segunda vez na festa de Ano Novo de Copacabana, já que esteve na virada de 2018 para 2019.
Gloria Groove e Luísa Sonza, destaques da música pop brasileira em 2023, também estarão no palco se apresentando para um público esperado de 2 milhões de pessoas.
Nattanzinho e a bateria da Imperatriz Leopoldina, vencedora do Carnaval 2023, também estarão no palco principal. A programação musical deve começar às 19h (de Brasília) de 31 de dezembro.
O segundo palco da festa de Copacabana será dedicado ao samba e já tem as presenças confirmadas de Jorge Aragão, Belo, Diogo Nogueira e Teresa Cristina, além da bateria da Unidos de Viradouro, vice-campeã no Carnaval 2023.
E o terceiro palco vai ser dedicado à música eletrônica e comandado por DJs para animar a festa de fim de ano na praia de Copacabana.