Economia

Casa da Moeda: Todo o dinheiro do Brasil vem dali!


Por Flipar
reprodução Google Maps

A casa foi criada por administradores coloniais portugueses em Salvador (BA) para a fabricação de moedas com o ouro proveniente das minerações.

Domínio público

Desde a fundação, a Casa da Moeda é responsável pela impressão da moeda e papel-moeda oficiais no Brasil. E também moedas comemorativas, selos postais e documentos que precisem de mecanismos de proteção de falsificação.

- Reprodução / Casa da Moeda

Ao ser transferida para o Rio de Janeiro, a Casa da Moeda funcionou no prédio onde hoje fica o Arquivo Nacional.

Divulgação Ministério da Justiça

O Arquivo Nacional é um órgão subordinado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. É responsável pela gestão, preservação e difusão de documentos da administração pública federal. Fica na Praça da República, no Rio de Janeiro. O prédio é tombado como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Divulgação Ministério da Justiça

Na mesma praça da República, fica o Museu da Casa da Moeda, um outro prédio tombado pelo IPhan onde os visitantes conhecem a história da evolução do dinheiro no Brasil.

Divulgação do Site Casa da Moeda

O museu apresenta uma viagem pela história do dinheiro no Brasil, mostra cédulas e moedas de todos os períodos e tem equipamentos para interação do público, além de uma loja de Numismática (selos).

Divulgação Casa da Moeda

Desde as primeiras moedas de ouro até hoje, o Brasil já teve diversas unidades monetárias.

- JFVP / Commons Wikimedia

Réis - A primeira foi o real (antigo), que, no plural, virava réis (ninguém falava 'reais'). Esta cédula do período imperial de 500 réis (1880) tem a efígie de Dom Pedro II.

- Reprodução / Casa da Moeda / Domínio Público

Do período colonial a 1942, os réis vigoraram no país. O padrão monetário do período da colonização permaneceu mesmo com a Independência e a Proclamação da República. Só as gravuras mudavam. Na foto, cédula estampada pelo Marechal Deodoro, o primeiro presidente do Brasil como república.

- Reprodução / Casa da Moeda

No Brasil, a pataca era uma moeda de prata, de origem portuguesa. As patacas foram as moedas que por mais tempo circularam no país – de 1695 a 1834. A série era composta por moedas de 20, 40, 80, 160, 320 e 640 réis. O valor de 320 réis – pataca – deu nome à série.

reprodução Casa da Moeda

Em 1932, com a Revolução Constitucionalista, São Paulo produziu moedas próprias para tentar se desvincular do restante do país. Na foto, a cédula paulista criada contra o governo de Getúlio Vargas, estampando o bandeirante Domingos Jorge Velho, chefe da tropa que destruiu o Quilombo dos Palmares.

- Reprodução / Casa da Moeda

Cruzeiro – De 1942 a 1967 - A primeira mudança de padrão monetário do Brasil foi a instituição do Cruzeiro. A nova moeda unificou os 56 diferentes tipos de cédulas em circulação. Um cruzeiro (Cr$ 1,00) equivalia a mil réis (Rs 1$000). Em 1964, devido à inflação, a fração do cruzeiro chamada centavo deixou de existir.

reprodução Casa da Moeda

Cruzeiro Novo – De 1967 a 1970 - Em 1967, com inflação a 25%, o Cruzeiro foi substituído pelo Cruzeiro Novo, criado para vigorar até a entrada em circulação das novas cédulas do Cruzeiro, com o corte de três zeros. Na foto estampada por Santos Dumont, o selo avisa que são cruzeiros novos.

reprodução Casa da Moeda

Cruzeiro – De 1970 a 1986 - Após a reforma monetária, a moeda brasileira voltou a se chamar Cruzeiro. A equivalência das moedas foi mantida: 1 cruzeiro (Cr$ 1,00) valia 1 cruzeiro novo (NCr$ 1,00).

Domínio Público

Cruzado – De 1986 a 1989 - Nos anos 1980, a inflação superou 100%. Desvalorizado, o Cruzeiro foi substituído pelo Cruzado. No Plano Cruzado, do governo de José Sarney, um cruzado (Cz$ 1,00) equivalia a mil cruzeiros (Cr$ 1.000,00). Machado de Assis estampava a cédula de mil cruzados.

- Reprodução / Banco Central do Brasil

Cruzado Novo – De 1989 a 1990 - Poucos anos depois da instituição do Cruzado, a inflação continuou a subir e houve outra reforma monetária. Em 1989, surgiu o Cruzado Novo, que novamente perdia três zeros. Um cruzado novo (NCz$ 1,00) valia mil cruzados antigos (Cz$ 1.000,00). Augusto Ruschi estampava a cédula de 1.000.

- Reprodução / Casa da Moeda

Cruzeiro – De 1990 a 1993 Em 1990, o Cruzeiro volta a ser a moeda nacional, pela terceira vez, no Plano Collor (após hiperinflação de 1.700% ao ano). Não houve corte de zeros, um cruzeiro (Cr$ 1,00) correspondia a um cruzado novo (NCz$ 1,0). Mário de Andrade aparecia na cédula de 500.

Reprodução Banco Central do Brasil

Cruzeiro Real – De 1993 a 1994 - Após a renúncia de Collor, o vice Itamar Franco assumiu o cargo e fez nova reforma monetária. O Cruzeiro deu lugar ao Cruzeiro Real, reduzindo três zeros. Um cruzeiro real (CR$ 1,00) equivalia a mil cruzeiros (Cr$ 1.000,00). O gaúcho (de forma geral) foi homenageado na cédula de 5.000.

- Reprodução / Banco Central do Brasil

Real - De 1994 aos dias atuais - Em 1994, o Plano Real é implantado pelo Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso (FHC), ainda no governo de Itamar Franco. O objetivo: conter a inflação elevadíssima no país. A economia se estabilizou e o real permanece até hoje.

Reprodução/Casa da Moeda

A mulher que estampa as notas de real é uma efígie que representa a República. Foi inspirada na pintura 'Liberdade Guiando o Povo', do francês Eugène Delacroix. Pintado em 1830, o quadro ficou muito popular com o liberalismo. Está exposto no Louvre, em Paris.

Domínio Público

Outros serviços também são fornecidos, voltados à garantia da legitimidade de produtos. O portal da Casa da Moeda traz, por exemplo, uma seção para pedidos de selos de controle fiscal de cigarros e bebidas.

reprodução portal Casa da Moeda

A Casa da Moeda tem um Clube da Medalha, criado em 1977. É um órgão cultural que reúne pessoas com interesse em comum por medalhas. O grupo difunde informações sobre lançamentos comemorativos de fatos históricos, culturais, religiosos e esportivos.

reprodução portal Casa da Moeda

A Casa da Moeda investe em tecnologia para a evolução da impressão de dinheiro e para a segurança no acesso à instituição e na distribuição das cédulas.

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