Chamado de Reviver Cultural, o projeto tem o objetivo de revitalizar o centro do Rio, que passou por um processo de esvaziamento nos últimos anos.
A ideia é ocupar imóveis abandonados para revitalizar a região e fazer com que o movimento nas ruas volte, trazendo mais vigor à economia, como já aconteceu até anos atrás.
Sobrados e lojas que estão vazios podem ser usados para investimentos em projetos que envolvam arte e cultura. E a prefeitura ajuda na reforma e na manutenção.
O município vai dar valores que podem chegar a R$ 192 mil (R$ 1 mil por metro quadrado) para a reforma dos espaços.
Além disso, o município também vai ceder cerca de R$ 14,4 mil (R$ 75 por metro quadrado) como auxílio para despesas mensais de aluguel, água e luz, dependendo da metragem do imóvel.
Os imóveis abandonados que estão contemplados no programa ficam na área formada pelas avenidas Presidente Vargas, Rio Branco e Primeiro de Março, e pela Rua da Assembleia, além de um trecho da Orla Conde.
A prefeitura recebeu a inscrição de 39 imóveis e de 132 projetos culturais. Desse total, 84 foram credenciados.
A assinatura dos contratos, com os direitos e as obrigações, aconteceu durante evento na Rua Sete de Setembro 43. Marcelo D2, um dos contemplados, estava presente.
O cantor e compositor montou um espaço cultural para interação com o público chamado Centro de Pesquisa Avançada do Novo Samba Tradicional Onde o Coro Come – IBORU.
Os projetos já cadastrados no município, e que vão receber o auxílio financeiro, também envolvem artes plásticas, literatura e fotografias, entre outras manifestações de cultura.
A fotografa Renata Xavier está reformando um sobrado para a fundação de um centro de fotografia focado em imagens da própria cidade. Ela conta com o subsídio municipal para realizar o sonho de montar uma galeria que valorize o Centro da cidade.
Uma das condições para a aprovação dos projetos era de que, além de trazer movimento durante o dia, eles oferecessem também atrativos à noite.
Afinal, a prefeitura quer que a revitalização do centro da cidade seja plena, abrangendo diferentes faixas de horário.
Tanto que atrações que já existem na área do centro e na zona portuária incluem o horário noturno, como é o caso da Roda Gigante à beira da Baía de Guanabara.
Trazer mais visitantes ao Centro do Rio, nos espaços criados pelo Reviver Cultural, se somaria ao pacote de atrações da Zona Portuária, que inclui os museus do Amanhã e de Arte do Rio (foto), na Zona Portuária.
Por sinal, a região do Porto, à margem da Baía de Guanabara, passou por uma reformulação que inclui, ainda, a abertura do AquaRio, o maior aquário marinho da América do Sul, com 26 mil m² de área construída e 4,5 milhões de litros d'água.
Vários sobrados e lojas do Centro já estão com as obras em andamento, tendo a vantagem de uma infraestrutura de transporte excelente.
Afinal, o Centro tem o trem, ônibus, metrô e VLT (o veículo rápido sobre trilhos - foto) ligando diversos pontos da região.
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Econômico, após inaugurar diversos espaços culturais que atraiam visitantes, ficará mais fácil desenvolver também o potencial de moradia do Centro, com o lançamento de novos empreendimentos residenciais.