Lançado em 11 de outubro de 1995, ele tem 203,4 metros de comprimento, 35 metros de boca, 6,5 metros de calado e atinge uma velocidade de 18 nós (33 km/h). O navio tem autonomia de 13 mil quilômetros.
O Atlântico pode transportar 18 helicópteros, 40 viaturas e equipamentos, possuindo acomodações para 1.295 pessoas da tripulação.
O navio tem uma estrutura com diversas funcionalidades. Uma das mais importantes é que ele transporta estações (foto) capazes de produzir 20 mil litros de água potável por hora. Assim, pode auxiliar vítimas de catástrofes ambientais onde as pessoas pararam de receber água para beber.
É o que está acontecendo no Rio Grande do Sul. De acordo com o governo do Rio Grande do Sul, mais de 800 mil pessoas estão sem água nas cidades atingidas pelas enchentes.
Para a missão programada no Rio Grande do Sul, o navio carrega oito embarcações de pequeno e médio porte para resgate de pessoas em áreas alagadas.
A embarcação também transporte viaturas para socorro terrestre em áreas onde a água já tiver baixado ou como apoio logístico.
200 fuzileiros navais estão embarcados e vão auxiliar não apenas em resgates, mas na desobstrução de estradas quando houver condições para que essa providência seja tomada.
O navio também transporta médicos e enfermeiros da Unidade Médica Expedicionária da Marinha, para reforço na assistência de saúde da população gaúcha.
Segundo a Marinha, o navio tem até UTI com dois leitos, um centro cirúrgico e uma sala de trauma .
Também conta com consultórios médicos e odontológicos , farmácia completa e um laboratório para análises clínicas.
As equipes dispõem de equipamentos de segurança para diferentes tipos de operações de resgate.
O navio serve como base para decolagem e aterrissagem de aviões e helicópteros que transportam equipes de socorro
Equipes de comando fazem monitoramento permanente das ações com uso de tecnologia moderna
O Navio Atlântico já esteve em outra ação humanitária. Foi em 2023, quando foi enviado ao município de São Sebastião , no litoral paulista, também para socorro a vítimas de uma tragédia.
Na ocasião, um temporal causou inundações deixando mortos nas cidades de São Sebastião e Ubatuba .
Agora, para auxiliar a ajuda a vítimas da catástrofe no Rio Grande do Sul, a Marinha mobilizou, ao todo, quatro navios, 20 embarcações, 12 aviões e centenas de militares.
Além do navio de guerra, outras embarcações também foram para o estado gaúcho com equipamentos, militares, suprimentos e donativos.
A fragata Defensora é uma delas. Zarpou de NIterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, carregando 27 toneladas de água potável, 3 toneladas de alimentos, além de material de limpeza, roupas e ração para cachorro.
A Marinha afirmou que a situação no Sul é tão grave que o aparato é similar ao de uma operação de guerra.
Uma aeronave militar levou, inclusive, dezenas de cilindros de oxigênio para tratamento de pacientes. Esse material foi recebido pela secretaria de saúde do município de São Jerônimo, a 70 km de Porto Alegre.
Dos 497 municípios gaúchos, 401 relatam algum problema resultante do temporal, com mais de 1,4 milhão de pessoas afetadas. Mais de 200 mil estão fora de casa. Além das pessoas, há animais ilhados. Esta imagem de um cavalo sem ter para onde ir correu as redes sociais em 8 de maio.