Segundo a UPI, a garrafa era usada para rastrear as correntes marítimas. Ela foi lançada em 1961, na Ilha Machias, no Maine, junto com outras quatro.
'A partir de 1922, os pesquisadores rastrearam as correntes superficiais liberando garrafas no oceano e contando com as pessoas para informá-los quando e onde as garrafas foram encontradas', afirmou a Fisheries and Oceans Canada.
A descoberta recente marca a primeira vez que uma dessas garrafas específicas foi encontrada. Embora a recompensa prometida na mensagem tenha se perdido com o tempo, a descoberta ainda é um evento significativo.
Desse modo, ela fornece informações valiosas sobre as correntes marítimas e como elas mudaram ao longo das décadas.
A Fisheries and Oceans Canada está agora em contato com a pessoa que a encontrou para obter mais informações sobre sua descoberta.
A garrafa é um recipiente com o gargalo mais estreito que o corpo, com a finalidade de reter líquidos tais como água, refrigerante, vinho, cerveja, leite, etc.
Uma grande parcela das garrafas é feita de vidro ou pedra, mas também podem ser de porcelana, metal e outros materiais. Sendo assim, também há de plástico, madeira, barro ou pele.
Desde a Pré-História, usavam-se bolsas para líquido feitas de tecido animal. Afinal, o queijo e o iogurte apareceram por volta de 8 mil a.C. Isso aconteceu quando alguém tentou transportar leite numa bolsa feita do estômago de bezerro, que contém renina, uma enzima que coagula o leite.
Por volta de 1500 a.C., surgiram frascos estreitos de vidro, embalagens de luxo para perfumes e unguentos. No milênio seguinte, vinho, azeite e outros líquidos eram transportados e vendidos em ânforas
Ânforas eram vasos com encaixes especiais para ser levados em navios e carroças, gravados com a região, variedade e nome do produtor. Elas eram hermeticamente seladas para preservar o conteúdo, às vezes com resina de pinheiro
Para o armazenamento e transporte em massa, usavam-se vasos gigantes chamados pithos, que podiam conter mais de duas toneladas. Após a conquista da Gália pelos romanos, em 57 a.C., o transporte também passou a ser feito em barris, uma invenção celta que deu novos sabores ao vinho.
As primeiras garrafas de que há conhecimento datam de há cerca de 3500 anos, altura em que eram utilizadas pelos egípcios. Nessa época, eram ainda de barro, pois só por volta do século I a. C. começaram a ser mais populares as de vidro.
As menores serviam para guardar perfumes e, entre outros líquidos. As maiores, por sua vez, serviam para a função que as tornou populares em todo o mundo, guardar vinho, que depois era enviado do Egito para Roma.
Entretanto, os gregos produziram umas garrafas ligeiramente diferentes, com umas pequenas asas para se pegar. Eram parecidas com as ânforas.
Por volta do ano 100 a. C., a descoberta na Síria do uso do vidro com a técnica de sopro permitiu que a garrafa passasse a ser um objeto muito comum em todo o mundo. No entanto, na Idade Média, a vasilha em vidro começou a ser substituída pelas de pele.
O vidro servia para garrafas em miniatura destinadas a albergar licores raros ou perfumes. Percebeu-se que o vinho podia envelhecer no vidro sem ganhar o sabor do recipiente, e os romanos deitavam azeite sobre ele para evitar a oxidação.
A partir do século XVII, com o recurso das rolhas de cortiça como tampa, as garrafas de vidro voltaram a ser as mais utilizadas. Para isso, também contribuiu a chegada de vidros orientais às casa reais da Europa.
No fim do século XVIII, os ingleses tornaram-se grandes apreciadores de soda e então surgiram garrafas que tinham uma malha protetora para a eventualidade de estalarem devido à pressão do gás. Séculos antes, o fundo deste utensílio assumiu uma forma mais plana.
A primeira fábrica brasileira de garrafas de vidro foi implantada em 1810 na Bahia por Francisco Ignácio da Siqueira Nobre. A cachaça era tradicionalmente transportada em barris de madeira, mas, no início do século XIX, há relatos de cachaça em garrafa,
A cachaça Ypióca iniciou o envasamento em garrafas de vidro em 1895, mas a lei que obrigou todos os produtores a utilizar este tipo de recipiente foi promulgada apenas em 24 de setembro de 1938.
Em 1821, um fabricante inglês chamado Henry Ricketts patenteou um molde para fabricar garrafas em série, que permitia que fossem estampados rótulos em relevo no vidro. Os fabricantes gostaram da ideia porque assim podiam exibir a sua marca.
O grande avanço para a fabricação de garrafas adequadas para o transporte e armazenamento de vinhos, porém, chegou apenas no início do século XVII, na Inglaterra. Por conta de uma proibição real do uso de madeira na fabricação de vidros, as vidrarias tiveram que buscar um novo combustível: o carvão.
A partir de 1904, nos Estados Unidos da América, Michael Owens construiu uma máquina capaz de fabricar garrafas de forma automática.
Um outro norte-americano, William Panter, foi o responsável pela invenção da cápsula e do abre-garrafas. Na sequência, surgiu uma das garrafas mais conhecidas do Mundo, a de Coca-Cola.
A garrafa-termo, que permite manter as bebidas à temperatura a que foram engarrafadas, foi inventada no século XIX por um inglês, James Dewar, que pretendia conservar soluções de laboratório.
Um fabricante de vidros alemão, Reinhold Burger, aproveitou a ideia e lançou garrafas destas para uso doméstico em 1903.