Em 5 de abril de 2023, a vítima corria na floresta de Monte Peller, na província de Trento, no norte da Itália. Uma área montanhosa com trilhas onde várias pessoas gostam de aproveitar a natureza.
Ela, então, foi atacada por Gaia, também conhecida como JJ4. A ursa foi capturada no local onde vivia com seus três filhotes.
Pela lei italiano, a ursa poderia ser abatida por causa da morte da mulher. Mas o caso foi discutido na justiça e decidiu-se pela preservação da vida da ursa. Ela escapou do 'corredor da morte'.
O conselho de estado italiano considerou que seria 'desproporcional' condenar o animal à morte.
Maurício Fugatti, prefeito da província de Trento, defendia a ideia de matar a ursa. Mas ele enfrentou uma forte resistência.
Muitos italianos foram às ruas e fizeram manifestações com faixas e cartazes para protestar contra a pena de morte da ursa, cobrando que o animal fosse preservado.
Pesquisas indicaram que 80% dos habitantes na Itália estavam do lado da ursa, defendendo que ela continuasse viva.
No entanto, moradores da região onde Gaia foi capturada demonstraram medo de que ocorressem novos ataques.
Assim, a justiça decidiu que o animal deveria ser mantido em cativeiro. Veja agora algumas características da espécie.
Gaia é parda. Ursos dessa espécie têm cauda curta e garras afiadas. A coloração da pelagem varia entre branco, dourado e castanho.
O peso e o tamanho podem variar conforme a região onde habitam, chegando a até três metros e 800 quilos.
Originalmente, estes animais estão espalhados pela Sibéria, Alasca, norte do México, Himalaia e norte da África. Porém, como existem várias subespécies (mais de 90) podem ser vistos pelo mundo inteiro.
Ursos pardos podem correr até 50km/h, sabem nadar (apesar do peso) e têm habilidade suficiente para subir em árvores.
A espécie costuma se alimentar, principalmente, de frutas variadas, larvas, peixes e pequenos roedores.
Os ursos pardos costumam viver de forma solitária. Eles procuram parceiros apenas no momento da reprodução.
Essa espécie quase foi extinta da Itália em 1999. Mas, graças a um projeto ambiental, quatro machos e seis fêmeas foram levados para as florestas de Trento para reprodução.