Um caso recente mostrado pelo FLIPAR chamou bastante a atenção. O usuário Victor Coelho ficou apavorado quando achou nem um nem dois, mas mais de 100 perfis falsos com sua foto de perfil!
Segundo ele, todos usavam a mesma foto: a que ele usava no Facebook em 2018. Victor disse que muitas contas foram derrubadas após denúncias feitas por ele, mas o processo todo não costuma ser rápido.
Só durante a pandemia, Victor detectou 36 contas falsas com a foto dele. Havia contas nas mais diversas plataformas, desde o próprio Facebook até apps de relacionamento como Happn, Tinder e Grindr (este voltado para o público gay).
Um desses perfis estava no LinkedIn, sob a alcunha de Carlos Ferreira, um suposto gerente comercial de Taboão da Serra, SP.
Um dos casos mais inusitados aconteceu em 2019, quando, segundo Victor, uma mulher de Salvador entrou em contato pelo Facebook e disse que havia encontrado alguém se passando por ele.
Segundo especialistas, esse tipo de golpe é conhecido como 'catfishing' e pode acontecer por três motivos. Um deles é o “cyberbullying”, que é a intimidação feita pela internet.
Outro motivo é quando se quer chamar a atenção usando a foto de alguém atraente, por exemplo. Por último existe o “golpe de romance”, que, apesar do nome, se refere a quando se quer obter algum retorno financeiro.
Este último, inclusive, acontece em grande escala em São Paulo. Bandidos usam contas fake para marcar encontros e, ao chegarem no local combinado, anunciam o sequestro em troca de transações financeiras.
Victor contou que chegou a procurar a polícia para fazer um boletim de ocorrência, mas foi desestimulado pelo próprio atendente, pois, segundo ele, a prática não seria considerada crime. Entretanto, reportagens costumam mostrar que se passar por outra pessoa é falsidade ideológica.
Alguns advogados recomendam fazer o B.O. mesmo que seja por precaução. Esse tipo de ocorrência, aliás, pode ser feito via delegacia eletrÎnica.
Se houver golpe financeiro e a vítima não tiver feito a denúncia, por exemplo, o próprio golpista pode acusar a pessoa de ter sido omissa.
Para a denúncia, também é essencial ter algumas provas, como cópia de endereços eletrônicos e prints de tela.
Um dos primeiros passos a se fazer quando se acha um perfil fake é denunciar para a própria plataforma. Pedir ajuda de amigos para aumentar a quantidade de denúncias costuma ajudar na rapidez do processo.
Vários aplicativos costumam ter a opção de denúncia na própria plataforma. No Tinder, por exemplo, essa opção fica abaixo da bio dos usuários. Informe se tratar de um perfil falso/spam.
No caso do “Happn”, é possível denunciar clicando nos três pontinhos do canto superior direito da tela. Ali existe uma aba para formalizar a reclamação.
Para o Instagram, escreva a palavra hacked depois de uma barra no endereço eletrônico da rede social e vá na opção 'Encontrei uma conta que usa meu nome ou minhas fotos'. Depois siga o passo a passo.
O processo é parecido para o Facebook. Vá na URL do facebook , acrescente /hacked e vá em 'Encontrei uma conta que usa meu nome ou minhas fotos', depois siga o passo a passo.
No caso do Twitter, vá no perfil da pessoa, acesse os três pontos no canto superior direito e clique em 'denunciar @'.
Caso desconfie de clonagem no WhatsApp, envie um e-mail para support@whatsapp.com e, no campo “assunto”, escreva 'Perdido/roubado: desative a minha conta'. Na mensagem, coloque somente seu número de telefone, incluindo o código do país (+55) seguido do DDD (Ex. +5511999998888).
É bom lembrar que nos próprios sites oficiais dos aplicativos, há as opções “ajuda” ou “help”, onde é possível conseguir todas as instruções atualizadas.