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Pra quem não viu: Menina perdeu parte da perna por causa de mosquito


Por Flipar
Foto de arquivo pessoal reprodução do site noticias.uol.com.br Reprodução do facebook.com/eedrmariotoledodemoraes/ James Gathany - Flickr

A jovem moradora de Caieiras, na Região Metropolitana de São Paulo, se chama Maria Clara Oliveira Nogueira e foi picada durante uma atividade escolar em fevereiro de 2022.

Foto de Arquivo pessoal reprodução site noticias.uol.com.br

Tudo começou quando uma professora levou a classe para um exercício na horta da Escola Estadual Doutor Mário Toledo de Moraes, no bairro Laranjeiras, e na mata do Parque Estadual do Juquery. É uma região com muitos mosquitos e à noite a jovem começou a reclamar de dores na panturrilha.

Reprodução do facebook.com/eedrmariotoledodemoraes

Os alunos tinham que lavar e pintar pneus para a confecção de bancos na aula de artes. No entanto, o local estava com mato muito alto, até a altura do joelho dos adolescentes.

RonanW Humberto Do Lago Müller - Wikimédia Commons

O Parque Estadual tem uma área de 1.927,70 hectares, algo em torno de 19,3 km² , entre as cidades de Caieiras e Franco da Rocha. É uma área de preservação ambiental, única remanescente de Cerrado nas redondezas.

Reprodução do site saopaulo.sp.gov.br/

Quinze dias após a picada, ainda com dores e pus no local, ela precisou ser internada no Hospital das Laranjeiras. Os médicos logo avisaram que a jovem poderia ter que amputar a perna. Após 49 dias hospitalizada, ela perdeu 30% da panturrilha esquerda.

Tânia Rêgo/Agência Brasil

A mãe da adolescente, a administradora de empresas Fabiana Borin, declarou ao UOL na ocasião que sua filha gritava de dor e diversas vezes precisou tomar morfina.

Rovena Rosa/Agência Brasi

Fabiana destacou que foram dias de muito desespero, mas, pelo menos, a jovem parecia não ter ficado com traumas, o que facilitaria a recuperação . A unidade informou que os processos de limpeza, dedetização e desratização vinham sendo feitos com regularidade.

Ray Wilson - Wikimédia Commons

A adolescente foi picada pelo mosquito-palha, transmissor da leishmaniose, uma doença que começa com úlceras na pele e febre e pode levar à morte, se for ignorada.

Reprodução do site fapeam.am.gov.br

O mosquito carrega o protozoário chamado leishmania, que é transmitido pela picada da fêmea. A doença também pode afetar animais, como cachorros e ratos.

James Gathany - Flickr

Não há transmissão direta entre pessoas e nem de um animal para o outro. Portanto, a doença não é contagiosa.

Imagem de Erik Karits por Pixabay

A doença é mais comum em países tropicais, como o Brasil. O mosquito-palha que carrega o protozoário tem hábitos noturnos. Mede de 2 a 3 milímetros e por isso é capaz de atravessar malhas dos mosquiteiros e telas. Ele é amarelado.

Prefeitura de Manaus - Flickr

Para se prevenir da doença, use repelentes e telas mosquiteiras bem fininhas. Quem tiver jardim em casa deve mantê-lo sempre limpo já que o mosquito se alimenta de fezes e alguns tipos de lixo. 

Reprodução do facebook.com/oficialfiocruz

É muito importante se proteger de mosquitos em geral. De acordo com um levantamento da Fundação Bill e Melinda Gates, o inseto é o mais mortal do mundo e causa mais óbitos do que feras como leões, tigres, cobras e tubarões.

Imagem free de WikiImages do site pixabay.com

Por ano, são 725 mil mortes causadas por mosquitos, contra 125 mil das cobras, em todo o mundo. Além da leishmaniose, mosquitos também transmitem doenças que podem ser fatais, como dengue, febre amarela, chikungunya e malária.

Imagem free de Francisco Corado do site pixabay.com

E uma curiosidade: No passado, já foi comum usar mosquitos como tática de guerra. A estratégia era expor os inimigos a doenças para que eles morressem sem assistência.

AFPMB - Flickr

Na Revolução do Haiti (1791-1804), por exemplo, um dos líderes da independência haitiana atraiu os colonizadores franceses para áreas com muitos mosquitos que transmitiam doenças mortais. 

Imagem de Gleb Korovko por Pixabay

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