Em fevereiro de 2024, um grupo de arqueólogos afirmou que uma formação geológica na Turquia pode encobrir destroços da Arca de Noé. Eles estudam a região e tentam descobrir se, de fato, a embarcação existiu.
O projeto de pesquisa começou em 2021 e segue em andamento. De acordo com a a Monet, a primeira análise indicou materiais argilosos, marinhos e frutos-do-mar. A formação teria cerca de cinco mil anos, mesmo período apontado para a ocorrência do dilúvio bíblico.
Os pesquisadores mostram que houve atividade humana no monte em forma de barco entre 5500 a.C. e 3000 a.C. Além da Monet, veículos internacionais, como Daily Mail, UNILAD e The New York Post, também compartilharam a notícia.
Os especialistas que estão conduzindo as pesquisas pertencem à Universidade Técnica de Istambul (ITU), à Universidade Andrews (EUA) e Universidade A?r? ?brahim Çeçen (A?ÇÜ).
Mesmo sendo considerado um evento histórico, boa parte de estudiosos e arqueólogos rejeita a hipótese de interpretação literal do relato sobre a Arca de Noé.
Um exemplo é o Dr. Andrew Snelling, Ph.D. da Universidade de Sydney (Austrália), que afirma que o Monte Ararat não pode ser o local onde a arca jaz, pois ele teria se formado após o fim do dilúvio.
As buscas pela arca envolvem ciência para alguns e fé para outros. De acordo com a Bíblia, Deus ordenou a Noé que construísse uma arca capaz de comportar o próprio Noé, sua família e dois animais de cada espécie. A arca os protegeria de um dilúvio enviado como castigo pela maldade e corrupção dos homens.
Desta forma, a Terra teria ficado cerca de 150 dias submersa até o topo das maiores montanhas do planeta, e, além, dos presentes na Arca, apenas os peixes sobreviveram.
Segundo a Bíblia, a arca teria parado no Monte Ararat, na Turquia. A formação geológica que seria a arca está no distrito de Do?ubayaz?t, em A?r?, e vem sendo cotada como sendo a arca desde sua descoberta, em 1956.
A montanha é o pico mais alto da Turquia, tendo 16,5 mil pés (5.029 metros) de altura e formato similar a uma grande embarcação.
As medidas da arca, segundo a Bíblia, seriam de “300 côvados, 50 côvados, por 30 côvados”, que, na medida métrica, seria algo como 156,9 metros de comprimento, por 26 metros de largura, e 15,8 metros de altura.
As buscas pela Arca de Noé têm sido feitas desde pelo menos a época de Eusébio (c. 275-339 d.C.) até os dias atuais. Não há nenhuma evidência científica para um dilúvio global, e apesar das muitas expedições, não há indício consistente de que a arca tenha sido encontrada.
Segundo o arcebispo James Ussher, Noé nasceu em 2.948 a.C. e morreu com 950 anos em 1.998 a.C. Seus três filhos mais conhecidos eram Sem, Cam ou Cã e Jafé.
A história de Noé tem forte significado simbólico sobre boa parte da história de Israel, principalmente durante o período da conquista de Canaã narrada no livro de Josué.
A maldição de Noé certamente foi usada pelos povos semitas (ou seja, descendentes de Sem, que incluem os hebreus) como justificativa para a conquista da terra de Canaã (ocupada pelos cananeus, alegadamente descendentes de Canaã, neto amaldiçoado de Noé).
Os descendentes de Sem eram chamados semitas. Os descendentes de Cam estabeleceram-se em Canaã, no Egito e na África. Os descendentes de Jafé estabeleceram-se, em sua maioria, na Europa e Ásia Menor.
A Arca de Noé foi retratada em um filme americano de 1999, dos gêneros drama e épico. Estrelado por Jon Voight, foi criticado por distorcer a suposta história real, misturando a trajetória de Noé com a de Abraão e Ló.
Outro filme inspirado na Arca de Noé é 'A Volta do Todo Poderoso', comédia de 2004, em que Morgan Freeman volta ao papel de Deus (como no primeiro filme - 'Todo Poderoso', de 2003). Só que Steve Carrell substitui Jim Carrey dividindo o protagonismo com Freeman.