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O que falta no RJ? Cientistas encontram cocaína em tubarões


Por Flipar
Reprodução TV Globo

Esse tipo de análise foi feito pela primeira vez no mundo e o resultado surpreendeu. Dos 13 tubarões analisados, todos haviam absorvido a droga.

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Embora a Polícia informe que o narcotráfico tem usado cada vez mais embarcações para o transporte de entorpecentes, os pesquisadores dizem que, na verdade, os animais marinhos foram contaminados pela droga a partir do despejo de esgoto na água.

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Ou seja, dejetos de pessoas viciadas (principalmente o xixi) vão para a água carregando componentes da cocaína consumida pelo usuário. E os animais acabam absorvendo o entorpecente.

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A carne dos tubarões seria posta à venda em feiras livres e mercados, pois essa espécie é frequentemente destinada ao consumo humano. Os pesquisadores disseram que ainda não sabem o impacto da droga no corpo dos tubarões e até que ponto isso prejudicaria a saúde do consumidor. Por isso, recomendaram a suspensão do consumo de cação.

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Um estudo recente indicou que cerca de sete em cada dez brasileiros (69%) não sabem que a carne de cação é, na verdade, de tubarão.

Albert kok for Wikimedia Commons

A pesquisa foi conduzida pela agência Blend por encomenda da Sea Shepherd Brasil, entrevistando 5 mil brasileiros em todo o país.Tubarão e cação são a mesma coisa. Mas a maioria das pessoas não sabe. E as embalagens não esclarecem.

wikimedia commons Albert Kok

Mesmo antes da descoberta de resquícios de cocaína em tubarões, eles já vinham sendo apontados por receber outros tipos de contaminação. É um peixe com níveis elevados de substâncias tóxicas.

Sharkdiver wikimedia commons

o impacto é grande, pois o Brasil é o maior importador e consumidor de carne de tubarão nomundo. A cada ano, os brasileiros consomem cerca de 45 mil toneladas desse tipo de carne.

David Clode Unsplash

Os biólogos alertam para o risco à espécie. A população de tubarões no mundo diminuiu em 71% desde 1970, enquanto a pesca predatória desses animais aumentou 18 vezes., segundo estudos recentes.

Imagem de Des Kerrigan por Pixabay

Pesquisadores alertam para a necessidade de preservar a espécie. O Brasil se tornou o principal destino para carcaças de tubarão sem as barbatanas, de acordo com cientistas.

Zander Janzen van Rensburg unplash

Consideradas iguarias no mercado asiático, as barbatanas de tubarão podem atingir preços extremamente elevados, chegando a custar mais de US$ 1,5 mil por quilo (cerca de R$ 8 mil).

Naka9707/Wikimedia Commons

A técnica para obtenção de nadadeiras é conhecida mundialmente como 'finning' e a maioria dos países proíbe essa prática. Mas muitos desrespeitam a lei.

Andrea Bohl por Pixabay

No “finning”, na maioria das vezes as nadadeiras são retiradas do tubarão e o restante do corpo do animal é descartado no mar.

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Os “restos” dos tubarões acabam tendo como destino o Brasil.Surpreendentemente, o Brasil foi o primeiro país a concordar com um tratado que proíbe essa prática.

Wow Phochiangrak por Pixabay

Ambientalistas reclamam que os compradores no Brasil continuam a adquirir carne de tubarão sem consciência, o que está impactando negativamente as espécies vulneráveis.

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