O flagrante foi no Parque Estadual do Utinga, uma unidade de conservação na região metropolitana da capital paraense, criado em 1993 para preservação de ecossistemas de relevância ecológica.
Com uma área de 14 km², o parque também é dedicado ao ecoturismo, oferecendo trilhas para caminhadas, rapel, tirolesa e outras atrações para os aventureiros, além de ser um espaço de lazer e contemplação para os próprios moradores de Belém no dia a dia.
O uiraçu é uma ave de rapina nativa das florestas tropicais da América Central e do Sul. Ele é mais comumente encontrado na Amazônia, que abrange Brasil, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Suriname, Guiana e Bolívia. E também pode ser encontrada em florestas da América Central.
Este pássaro está adaptado para viver em habitats florestais densos, onde caça mamíferos de médio porte, como macacos e bichos-preguiça.
A espécie é classificada como 'Vulnerável' pela Lista Vermelha da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e também figura como 'Criticamente em Perigo' em algumas regiões, como a Mata Atlântica no Brasil.
Recentemente, uma jandaia, que também corre risco de extinção em partes do Brasil, também foi avistada. No caso, no Ceará (onde é um dos símbolos do estado). A ave apareceu em Fortaleza, animando biólogos e defensores da natureza.
Essa ave da família dos Psittacidae também é chamada de Perequitão Nordestino. Mede 30 cm de comprimento e pesa cerca de 130 g. Bela, tem a cabeça e partes inferiores laranja, manto verde e peito avermelhado. A ave vive no Pará, Maranhão, Roraima ,Piauí, Pernambuco e Goiás. Mas pode desaparecer em certas regiões.
O Brasil tem animais que estão em risco - seja de forma regional ou no país inteiro. A choquinha-de-Alagoas, uma ave que só existe na Mata Atlântica, pode desaparecer. Estudo publicado na Bird Conservation International mostra que atualmente existem apenas 4 indivíduos dessa espécie registrados no país.
Desde 2016, uma equipe da SAVE Brasil monitora a espécie na Estação Ecológica de Murici, em Alagoas, onde vivem as choquinhas remanescentes. A área de preservação, criada em 2001, é um refúgio de Mata Atlântica.
Os pesquisadores da SAVE Brasil lembram que outras espécies de aves que ocorriam apenas na região já foram extintas: limpa-folha-do-nordeste (foto), gritador-do-nordeste e caburé-de-pernambuco. Ambientalistas conseguiram salvar o mutum-de-alagoas em cativeiro (está extinto na natureza).
Uma das maravilhas do Brasil é a biodiversidade. Mas várias espécies estão sob ameaça, seja pelo desmatamento ou pelo tráfico de animais. Na foto, trinca-ferros (espécie com risco de extinção) resgatados das mãos de criminosos pela polícia. Veja algumas outras espécies que também podem desaparecer.
Ararinha Azul - Espécie endêmica do norte da Bahia, sofreu com a caça e com o corte indiscriminado de árvores da caatinga e chegou a ser considerada extinta em 2020. Mas em junho de 2022 oito aves dessa espécie foram trazidas da Alemanha para reintrodução no Brasil.
Ararajuba - Ave verde e amarela que só existe na Amazônia e entrou na lista das ameaçadas de extinção em 2016.
Ariranha - Mamífero do Pantanal, também é conhecida como lontra gigante e é caçada para obtenção da pele aveludada.
Lobo-Guará - Vive em savanas do centro-oeste do Brasil. Tem sofrido com a destruição do cerrado para ampliação da agricultura. É vítima de caça, atropelamento e doenças transmitidas por cães domésticos.
Pica-Pau Amarelo - Ave que só existe no litoral brasileiro, desde Alagoas até o Rio de Janeiro. Ameaçada pela destruição de seu habitat natural, com desmatamentos e queimadas.
Pica-Pau Cara de Canela - Ave que já foi comum no Paraná e em São Paulo, sofreu uma redução da população devido à caça, ao tráfico de animais e à destruição da Mata Atlântica.
Onça Pintada - Maior felino das Américas, essa espécie de onça é caçada por fazendeiros e sua pele tem grande valor no mercado mundial.
Sapo-Folha - Espécie da Serra do Timbó, na Bahia, tem apenas 4 cm e vem sendo afetada pelo desmatamento para cultivo de cacau e banana e também para criação de áreas de pastagem.
Muriqui-do-Norte - É o maior primata das Américas, chegando a pesar 15 kg. Só é encontrado na Mata Atlântica e sofre com o desmatamento e a caça.
Macaco-Prego Dourado - Natural da Mata Atlântica, habita unidades de conservação na Paraíba e no Rio Grande do Norte. E tem sido tratado por especialistas num grande esforço pela preservação da espécie.
Mico-Leão Dourado - Há décadas sofre ameaça de extinção e os poucos que ainda existem vivem em florestas do Rio de Janeiro. Projetos de conservação têm conseguido impedir o fim da espécie, com muito esforço.
Tatu-Bola - Animal da Caatinga, sua população foi reduzida em 45% em 20 anos. A caça e a degradação ao ambiente em que eles vivem são as causas do risco de extinção do animal, que vem sendo protegido por organizações não governamentais.
Jacaré do Papo Amarelo - Sua população tem reduzido muito nos últimos anos devido às queimadas e à poluição das águas no Pantanal.
Boto Cor-de-Rosa - O maior golfinho de água doce vive na Amazônia e faz parte, inclusive, da cultura popular: o folclore de que se transforma em homem que atrai as mulheres. Tem sido vítima de pesca predatória.
Curimatã - É um dos peixes mais comuns para refeição no Brasil. Mas a pesca de rede faz com que esse animal de água doce corra risco de extinção.
Pacu - Outro peixe comum no prato dos brasileiros, é vítima de pesca em épocas inapropriadas, quando deveria ser protegido pelo defeso para garantia da reprodução.
Tartaruga Cabeçuda - Vive na costa brasileira, principalmente no Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Rio de Janeiro. Bota os ovos no litoral e, muitas vezes, os ovos são destruídos nas praias, impedindo a reprodução.
Gato do Mato Pequeno - É menor do que os gatos domésticos: raramente passa de 50 cm de comprimento e pesa em média 2 kg. Natural do Norte e do Nordeste do Brasil, foi perdendo espaço com a ocupação de seu habitat por construções irregulares.