O Pentágono fez o comunicado, embora não tenha especificado o número de soldados ou as bases para onde serão enviados.
No mesmo dia, Israel realizou o maior ataque ao Líbano desde o início da guerra em Gaza, resultando na morte de 492 pessoas. Foi o ato mais violento desde a Guerra envolvendo os dois países em 2006.
As forças aéreas israelenses bombardearam áreas no sul e leste do Líbano, além da capital, Beirute, que também sofreu ataques na sexta-feira (20/09).
A Embaixada dos EUA no Líbano aconselhou 'que os cidadãos americanos deixem o país enquanto ainda há voos comerciais disponíveis'.
Com o crescimento do conflito, muito tem se falado sobre o poderio militar dos dois lados da Guerra. Conheça melhor sobre cada um!
De acordo com a CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA), o Hezbollah é um dos grupos não estatais mais bem armados do mundo, com um estoque de mais de 150 mil mísseis e foguetes.
O grupo libanês afirma possuir foguetes capazes de alcançar qualquer ponto de Israel. Em 2021, o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, declarou que o grupo contava com cerca de 100 mil soldados.
Dados dos EUA, por outro lado, estimam que em 2022 o número de combatentes era de até 45 mil.
Atualmente, o Irã é o maior fornecedor de armas do Hezbollah, que também tem seu arsenal composto por modelos russos e chineses.
Algumas dessas armas são os foguetes Raad (Trovão, em árabe), Fajr (Amanhecer) e Zilzal (Terremoto), mais potentes que os Katyusha — usados na Guerra contra Israel em 2006 —, que têm um alcance de até 30 km.
Além disso, o Hezbollah começou a usar os foguetes Falaq 2, também de origem iraniana, que podem carregar ogivas maiores que as do modelo anterior, o Falaq 1.
O grupo também conta com mísseis antitanque guiados incluindo o Kornet (foto), de origem russa, e o iraniano conhecido como 'al-Mas', capaz de atingir alvos além da linha de visão ao seguir uma trajetória em curva.
Durante o atual conflito com Israel, o Hezbollah derrubou várias vezes drones israelenses dos modelos Hermes 450 e Hermes 900, utilizando mísseis antiaéreos. Foi a primeira vez que eles demonstraram essa capacidade.
Desde outubro do ano passado, o Hezbollah tem se utilizado dos chamados 'drones explosivos unidirecionais'. O arsenal inclui os modelos Ayoub e Mersad, fabricados localmente.
Por fim, o grupo teria adquirido o míssil antinavio Yakhont, fabricado na Rússia, que possui um alcance de 300 km!
Já as Forças Armadas Israelenses (IDF, na sigla em inglês) ostentam alguns dos armamentos mais avançados do mundo em termo de tecnologia, inclusive com uso de inteligência artificial.
Um deles é o famoso tanque Barak, que permite que os comandantes vejam o entorno do tanque mesmo quando as aberturas estão fechadas.
Outra arma israelense é o drone Kamikaz. De acordo com a fabricante Rafael Advanced Defense Systems, ele é capaz de permanecer no ar por até 30 minutos, enquanto oferece às tropas uma consciência situacional em um raio de até 1,5 km.
O controle do drone é feito por meio de um tablet, que permite à equipe reunir informações e identificar alvos sob a supervisão de um soldado.
Outro armamento israelense é o Iron Sting ('picada de ferro', em português), uma munição de morteiro de 120 mm com precisão guiada. Seu alcance varia de 1 a 12 km, dependendo do tubo de morteiro utilizado.
Segundo informações da Elbit Systems, a ogiva do Iron Sting é capaz de penetrar em concreto armado duplo, produzindo um efeito de explosão e fragmentação.
Apesar de Israel não reconhecer possuir armas nucleares, estima-se que o país tenha entre 100 e 200 ogivas. Entre suas armas mais poderosas, estão o Sa’ar 5, o Hermes 900 (foto), os submarinos Dolphin e a aeronave não tripulada Eitan.