A exposição, nomeada “Frida: uma visão singular de beleza e dor”, tem curadoria de João Kulcsár e vai até 27 de outubro.
A atração expõe 18 imagens da fotógrafa alemã Julia Fullerton-Baten que prestam homenagem a Frida Khalo 70 anos após a morte da artista.
De acordo com a apresentação do MIS, a fotógrafa contou com a colaboração de um figurinista de cinema e produtores mexicanos para fazer as imagens em diversas localidades do país norte-americano.
“O resultado que vemos é uma série imagética que captura a energia vibrante e a força inconfundível de Frida por meio de cenários e figurinos mexicanos contemporâneos”, explicou João Kulcsár.
A exposição também irá oferecer uma oficina interativa no dia 17 de outubro. Em “Retratos como Frida”, o público terá a oportunidade de recriar imagens a partir da estética inconfundível de artista plástica.
Magdalena del Carmen Frida Kahlo Calderón nasceu no dia 6 de julho de 1907 na vila de Coyoacán, no México.
Ela é uma das personalidades mais famosas do México do século 20, graças às suas obras de cores fortes e também pela personalidade marcante.
Em seus quadros, Frida Kahlo retratou as diversas tragédias e sofrimentos que marcaram seus 47 anos de vida.
Com apenas seis anos de idade, ela contraiu poliomielite e ficou com o pé direito atrofiado.
Aos 18 anos, Frida sofreu um sério acidente quando o ônibus em que viajava colidiu com um trem. Na tragédia, uma barra de ferro atravessou seu abdômen, coluna vertebral e pélvis.
O acidente fez com que Frida passasse por um longo processo de recuperação e precisasse usar um colete pelo resto da vida.
Na época da tragédia, Frida passou a desenvolver sua vocação artística, produzindo autorretratos graças a um espelho que sua mãe posicionou sobre a cama.
Um dos fatos mais conhecidos da biografia de Frida é seu relacionamento com o muralista Diego Rivera, outro nome famoso das artes plásticas do México.
Frida e Rivera militaram no Partido Comunista e tiveram uma casamento marcado por casos extraconjungais de ambos os lados. A artista chegou a ter um envolvimento com o famoso revolucionário soviético Leon Trotski.
Esses e outros fatos que agitaram a vida da artista plástica foram retratados no filme ”Frida”, de 2002, que tem Salma Hayek no papel de Frida e Alfred Molina como Diego Rivera.
Há muitos autorretratos na produção de Frida Kahlo, mas a artista também construiu paisagens mortas e cenas com elementos do folcore mexicano. Esses aspectos formaram a estética característica de sua arte.
Nas últimas décadas, Frida Kahlo tornou-se um ícone pop e uma das mulheres mais conhecidas do mundo. É comum encontrar objetos de uso pessoal e decorativos, como camisetas, canecas, chaveiros e almofadas, que trazem o rosto da artista estampado, com suas sobrancelhas grossas e estética florida.
No filme de animação “Viva - A Vida É uma Festa”, da Pixar, Frida Kahlo aparece como uma das personalidades homenageadas, até mesmo como uma caveira. O longa tem como pano de fundo a festa do Dia dos Mortos, comemoração mais popular do México.
Frida foi encontrada morta no dia 13 de julho de 1954. O atestado de óbito apontou embolia pulmonar como a causa da partida da artista.