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Saiba como vive o grupo Amish, que dispensa aparelhos eletrônicos


No mundo contemporâneo, é praticamente impossível não ser afetado pelas constantes transformações da tecnologia . Porém, um grupo religioso nos Estados Unidos e Canadá segue a doutrina anabatista e mantém uma vida longe desses aparatos.

Por Flipar
Imagem de Brigitte Werner por Pixabay

Amish é um grupo religioso cristão anabatista estabelecido nos Estados Unidos e no Canadá. Eles são conhecidos por seus costumes conservadores, como a restrição ao uso de equipamentos eletrônicos, inclusive telefones e automóveis.

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A comunidade de amish vive isolada do resto do mundo, sem eletricidade e tecnologia, recriando, assim, a vida rural do século XVII.

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Os amishs são conhecidos por viverem no passado e seguem literalmente a palavra da bíblia, conservando costumes antigos. Vivem do que cultivam, e o uso da energia elétrica e aparelhos eletrônicos são proibidos nas casas.

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O filme 'A Testemunha', com o ator Harrison Ford, mostra o modo de vida dos amish nos Estados Unidos. Homens usando ternos e chapéus pretos e mulheres com a cabeça coberta por um capuz branco e com um vestido preto.

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Como parte dos menonitas, os amishs são descendentes dos grupos suíços de anabatistas chamados de reforma radical. Eles tiveram suas origens com Felix Manz (1498-1527) e Conrad Grebel (1498-1526).

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O nome 'menonita' foi aplicado mais tarde e surgiu de Menno Simons (1496-1561). Ele era um padre católico holandês que se converteu ao anabatismo em 1536 e aplicou a ideia desta doutrina.

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O movimento amish começou, em 1693, com Jacob Amman (1656-1730), que foi um líder menonita do Alsácia. Ele acreditava que o grupo estava se distanciando dos ensinamentos de Menno Simons.

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Além disso, acreditava no anabatismo, adiamento do batismo até a criança ser capaz de escolher a própria crença. No século XVIII, começaram a migrar para os Estados Unidos os primeiros amish, sobretudo no condado de Berks, Pensilvânia.

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No entanto, após 1850, houve uma tensão entre os amishs e discussões sobre as pressões da sociedade moderna, com conferências entre 1862 e 1878.

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O debate acalorado fez com que os amish tradicionalistas e os amish mais progressistas não chegassem a um lugar comum. O segundo grupo tornaram-se conhecidos pelo nome menonitas amish, que traziam uma visão diferente da antiga ordem.

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Como nenhuma divisão ocorreu na Europa, as congregações amish que lá permaneciam, tomaram o mesmo caminho que os menonitas amish e lentamente se fundiram com os menonitas.

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Estimativas do início da década de 2000, apontavam a existência de 198 mil membros da comunidade amish no mundo, sendo 47 mil apenas na Pensilvânia. Esses grupos são compostos por descendentes de alemães e suíços que migraram para os EUA e o Canadá.

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Os amish preferem viver afastados do restante da sociedade. Eles não prestam serviços militares, não pagam a Segurança Social e não aceitam qualquer forma de assistência do governo.

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A grande maioria fala um dialeto alemão conhecido como 'Alemão da Pensilvânia' (arcaico), enquanto uma minoria fala um dialeto suíço ou alsaciano.

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Eles dividem-se em irmandades, que por sua vez são ordenados em distritos ou congregações. Cada distrito é independente e tem suas próprias regras de convivência.

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Na atualidade, os amishs ignoram jornais, internet e revistas e pouco sabem do que acontece no mundo e também não gostam de ser fotografados. Interpretam que, segundo a Bíblia, um cristão não deve manter sua própria imagem gravada.

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A base da alimentação Amish é a carne, tubérculos e massas, em muitos casos cultivados e criados por eles mesmos. Dentre as compras que normalmente fazem no mundo 'exterior', estão farinha, sal e açúcar.

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Os princípios enfatizados pelos Amish são a Bíblia, principalmente a ética do Novo Testamento, que deve ser obedecida como a vontade de Deus. A interpretação da obra é realizada nos cultos e reuniões da igreja.

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Aceitam, portanto, os Credos históricos do Cristianismo, mas não o professam. A Igreja é uma comunidade voluntária formada de adultos que escolhem livremente ser batizados na igreja Amish. Ela não é subordinada a nenhuma autoridade humana, seja ela o Estado, ou hierarquia religiosa.

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As crianças aprendem apenas matérias necessárias, na escola, para ingressarem no comércio, como matemática, inglês e alemão. Depois disso, a vida escolar se encerra, visto que jamais ingressaram em uma faculdade fora da comunidade.

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Quando completam 16 anos, os adolescentes têm a opção de escolher seguirem a comunidade ou deixarem de lado as restrições e viverem no mundo externo.

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Os amishs, portanto, não obrigam ninguém a permanecer na comunidade. O rito de passagem chama-se 'rumspringa', que o jovem pode fazer o que quiser e experimentar o mundo externo.

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Caso opte por permanecer na comunidade, seguirá para o batismo e poderá casar-se com integrantes da igreja. Uma curiosidade é que as meninas amishs brincam com bonecas sem rosto, para desencorajar a vaidade e o orgulho.

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