A batalha foi travada no fim da Segunda Guerra Mundial entre as tropas alemãs e os Aliados, com participação da Força Expedicionária Brasileira. (Na foto, o primeiro distintivo da FEB).

Foram três meses de combates entre 24/11/1944 e 21/2/1945. Portanto, no dia 21 de fevereiro de 2025, o fim da participação do Brasil nesse confronto completará 80 anos.

O fim da batalha ocorreu depois de 12 horas de intenso combate final, entrando para a história brasileira como um momento de valentia e coragem dos militares num cenário de horror.

O Monte Castello fica em Gaggio Montano, a 61 km de Bolonha. Ele faz parte da cordilheira dos Apeninos, entre Toscana e Emília Romanha.

Em novembro de 1944, a força brasileira foi enviada para o vale do Rio Reno, que tinha à frente a montanha dominada pelas forças nazistas. O avanço para Bolonha era difícil porque os alemães tinham pontos de observação privilegiados.

O Comandante das Forças Aliadas na Itáia era o general Mark Clark, um americano de 48 anos que já havia participado da Primeira Guerra Mundial

Os brasileiros eram comandados pelo Marechal Mascarenhas de Moraes, que na época tinha 61 anos e havia participado da Revolução de 1930 e da Revolução Constitucionalista de 1932, no Brasil.

Ao receber o convite do Ministro da Guerra Eurico Gaspar Dutra para comandar a FEB, em plena guerra mundial, João Batista Mascarenhas de Moraes (ao centro, na foto) reagiu com cautela, pois já tinha 60 anos (em agosto de 1943). Mas acabou aceitando o convite.

O Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial após ceder à pressão dos EUA para encerrar o período de neutralidade adotada pelo presidente Getúlio Vargas (na foto, com combatentes).

O marechal traçou uma estratégia que envolvia o avanço simultâneo de batalhões. Ele havia afirmado que a única forma de tomar o monte dos alemães seria com força total - e não com apenas alguns batalhões como vinha ordenando o 5º Exército.

Grande parte do sucesso da ofensiva é creditado à Artilharia Divisionária, comandada pelo general Cordeiro de Farias, que fez um fogo de barragem contra o cume do morro, permitindo a movimentação das tropas brasileiras.

Para driblar os atiradores alemães, os brasileiros queimaram óleo diesel e criaram uma cortina de fumaça.

O povo saudou a chegada dos brasileiros para ajudar no esforço da guerra. Na foto, pracinhas com moradores de Massarosa. Depois da tomada da região, os soldados dividiram mantimentos com a comunidade recém-libertada. A imprensa italiana descreveu as ações da FEB como “brilhantes'.

Após a Batalha de Monte Castelo , a FEB prosseguiu numa série de vitórias. Em 5 de março de 1945, os brasileiros conquistaram ainda Soprassosso e Castelnuovo. Na II Guerra, muitos soldados viram neve pela primeira vez.

A II Guerra Mundial teve como estopim a invasão da Polônia pelos alemães em 1º de setembro de 1939. O conflito durou até 2 de setembro de 1945.

No Eixo estavam a Alemanha nazista de Hitler, a Itália fascista de Benito Mussolini e o Japão do Imperador Hirohito. Para combatê-los, os Aliados eram formados por Inglaterra (na foto, o Primeiro-Ministro Winston Churchill), França, Estados Unidos e, posteriormente, Rússia.

A guerra iniciou-se na Europa, mas espalhou-se pela África, Ásia e Oceania e contou com o envolvimento de nações de todos os continentes. Entre elas, o Brasil. A guerra foi travada na terra, no ar e no mar.

A Força Expedicionária Brasileira tinha 20.573 brasileiros na II Guerra Mundial. Deste total, morreram 450 praças, 13 oficiais e 8 pilotos. Cerca de 12 mil militares brasileiros ficaram feridos.

Os soldados mortos foram cremados e transladados em 1960 para o Brasil. Foram enterrados no Monumento aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, na cidade do Rio de Janeiro. A Associação Nacional dos Veteranos da FEB mantém viva a memória dos que lutaram.

Hoje, a área do Monte Castello tem um monumento em homenagem aos brasileiros, que é visitado por turistas.