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Polícia bate de porta em porta para prender imigrantes nos EUA


A política anti-imigração do governo Donald Trump segue firme. Dessa vez, foram divulgados vídeos que mostram agentes indo de porta em porta com o objetivo de prender imigrantes ilegais.

Por Flipar
Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA

As operações foram realizadas em conjunto pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês) neste domingo (26/01).

Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA

Os agentes realizaram prisões em Chicago e Newark (Nova Jérsei), locais conhecidos por serem redutos democratas.

Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA

A ação contou com apoio de agências como FBI, Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF), e da agência antinarcóticos (DEA).

Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA

'O Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA iniciou hoje em Chicago operações direcionadas reforçadas para fazer cumprir a lei de imigração dos EUA e preservar a segurança pública e a segurança nacional', declarou o ICE.

Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA

A agência também afirmou que o intuito é 'manter possíveis criminosos estrangeiros perigosos fora de nossas comunidades'.

Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA

'Prisões planejadas de estrangeiros imigrantes ilegais criminosos conhecidos e que representam uma ameaça à segurança nacional ou à segurança pública', acrescentou o comunicado.

Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA

Desde o início das operações, foram realizadas 2.373 prisões, com outros 1.797 mandados protocolados — dados desta segunda-feira (27/01).

flickr - U.S. Immigration and Customs Enforcement

Embora o ICE destaque o foco em imigrantes ilegais, informes não esclarecem se todos os detidos estavam em situação irregular. O prefeito de Newark denunciou a prisão de cidadãos americanos, incluindo um veterano de guerra.

reprodução

Na última sexta-feira (24), um avião com 88 brasileiros deportados pelos EUA pousou em Manaus.

reprodução/tv globo

Durante o trajeto dos Estados Unidos ao Brasil, o avião chegou a enfrentar problemas técnicos e fez uma parada no Panamá. Mesmo assim, a tripulação decidiu seguir viagem sem substituir a aeronave.

reprodução/tv globo

Os deportados, que estavam em situação ilegal no país norte-americano, relataram ter sofrido agressões e humilhações durante o voo, chegando algemados nas mãos e nos pés.

arquivo pessoal

“Um inferno, uma tortura desde que saímos da Louisiana [...] Acho que foi uma falta de compromisso deles com os seres humanos, a gente estava morrendo de medo de morrer”, contou Sandra Pereira de Souza, de 36 anos.

reprodução/tv globo

“Foi terrível, vim preso nos braços, nas pernas e na cintura, eles não respeitaram a gente. Bateram em nós. Disseram que iam deixar derrubar o avião e que o nosso governo não era de nada”, relatou Carlos Vinícius de Jesus, de 29 anos.

reprodução

Após ser informado da situação, o presidente Lula ordenou o envio de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar os brasileiros de Manaus ao Aeroporto Internacional de Confins, em Minas Gerais.

reprodução/tv globo

Kaleb Barbosa, que migrou para os Estados Unidos há seis anos, disse que o avião estava em condições precárias. 'Teve que viajar com o mecânico dentro do avião, eu nunca vi isso. O avião não queria funcionar”, contou.

reprodução/tv globo

Após o pouso em Manaus, as turbinas soltaram fumaça, levando à abertura das saídas de emergência e pedidos de socorro.

reprodução/tv globo

“O momento mais difícil foi quando o ar-condicionado estragou no ar, as pessoas começaram a passar mal, alguns desmaiaram e as crianças estavam chorando. As turbinas estavam parando durante o voo, foi desesperador, coisa de filme mesmo”, relatou o brasileiro.

reprodução/tv globo

A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, que recebeu os brasileiros deportados no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, anunciou a criação de um posto de atendimento humanitário no local, caso o número de deportados aumente.

reprodução/rede sociais

Diante das denúncias, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que pedirá explicações ao governo norte-americano.

reprodução tv globo

A chamada 'deportação expressa', que permite expulsões rápidas de imigrantes ilegais sem audiência judicial, foi ampliada pelo governo Trump, abrangendo qualquer pessoa que não comprove dois anos de residência nos EUA.

reprodução/tv globo

Sob o governo Biden, essa medida tinha restrições. Aqueles que entravam por via terrestre, por exemplo, só podiam ser alvos da deportação expressa se fossem detidos a até 160 km da fronteira e estivessem no país há menos de 14 dias.

reprodução/tv globo

Agora, todas essas restrições foram eliminadas. O governo norte-americano afirma que a política está dentro dos limites legais.

reprodução/tv globo

A deportação expressa já gerou controvérsias, sendo debatida inclusive na Suprema Corte durante o primeiro mandato de Trump.

flickr - Gage Skidmore

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