A ponte fica na BR-226, sobre o Rio Tocantins, entre Tocantins e Maranhão.
A implosão controlada foi realizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Um vídeo registrou todo o procedimento, que durou cerca de 15 segundos.
A operação utilizou 250 kg de explosivos e foi realizada para viabilizar a reconstrução da ponte, que tem previsão de conclusão para dezembro de 2025.
A ação foi precedida de vistorias em residências próximas à área de segurança, que abrangeu mais de 2.000 metros em ambos os lados do rio, nos municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO).
O processo foi liderado pelo engenheiro Manoel Jorge Diniz Dias, conhecido como 'Manezinho da Implosão'.
Ele é famoso e já participou de mais de 200 implosões, incluindo obras emblemáticas como o Presídio Carandiru e o Estádio Fonte Nova, em 2010 (foto).
O tráfego de veículos e embarcações foi interrompido durante a implosão, que contou com o apoio de diversas entidades, como a Polícia Rodoviária Federal, Marinha do Brasil, Defesa Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e as prefeituras locais.
A ponte que conectava os estados do Maranhão e Tocantins desde 1960 desabou no dia 22 de dezembro de 2024.
O acidente, registrado em vídeos por testemunhas, resultou em mortes e deixou famílias em luto.
De acordo com a Marinha, o acidente resultou em 14 mortes confirmadas até o momento (3/2/25).
Duas carretas que caíram no Rio Tocantins durante o desabamento transportavam cargas perigosas, como defensivos agrícolas e ácido sulfúrico. Apesar do risco ambiental, os frascos não se romperam.
Com a cheia do rio em janeiro, as operações subaquáticas precisaram ser interrompidas.
A retirada das cargas perigosas está prevista para ocorrer após abril, quando o nível do rio começar a baixar, segundo o Ibama.
A estrutura da ponte já era alvo de reclamações de moradores e autoridades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA).
O vereador Elias Júnior (Republicanos), de Aguiarnópolis, estava gravando um vídeo para denunciar as más condições da ponte no momento do desabamento e conseguiu filmar parte do asfalto cedendo.
Ele destacava a importância da ponte para a região, explicando que Aguiarnópolis e cidades vizinhas dependiam da travessia para acessar Estreito, uma cidade maior e com mais serviços.
Após o acidente, carros e caminhões ficaram presos na estrutura danificada, e apenas um mês depois, em 22/1/25, os veículos começaram a ser retirados.
O colapso da ponte alterou significativamente a rotina e a economia das cidades que dependiam dessa ligação.
No dia 31 de dezembro, o Ministério dos Transportes formalizou a contratação de um consórcio de empresas para reconstruir a ponte.
O custo total da obra está estimado em 171,9 milhões de reais.