O animal foi visto em dois dias seguidos — terça (3/3) e quarta (4/3) — e registrado em imagens feitas por Marcos Cará, do projeto Maremar, e Thiago Veras, do projeto Baleia à Vista.
O tubarão-baleia (Rhincodon typus) é considerado o maior peixe do mundo, podendo atingir quase 20 metros de comprimento.
Segundo o pesquisador Julio Cardoso, o exemplar avistado ao lado do banhista devia ter entre 9 e 11 metros.
Ao menos oito tubarões-baleia já foram avistados no Litoral Norte paulista, de acordo com pesquisadores.
“Havia registros no passado para este período, que seria normalmente a época de março, abril, até maio, que eles costumam aparecer por aqui, e estão buscando se alimentar, estão buscando a área de alimentação”, revelou Julio.
Esses tubarões são muito dóceis, o que pode atrair mergulhadores interessados em vê-los de perto. '[...] É um 'gigante gentil'. Eles são muito tranquilos”, explicou o pesquisador. Saiba mais sobre os tubarões-baleia!
O tubarão-baleia é encontrado em águas tropicais e subtropicais ao redor do mundo, preferindo temperaturas entre 21°C e 30°C.
Apesar de seu tamanho impressionante, o tubarão-baleia é um animal inofensivo para os humanos, e se alimenta principalmente de plâncton, pequenos peixes e crustáceos.
Sua boca pode chegar a 1,5 metros de largura, e ele filtra sua comida através de estruturas especializadas chamadas 'branquispinhas', que retêm partículas enquanto a água é expelida.
Seu corpo é alongado e coberto por uma pele grossa repleta de manchas brancas distribuÃdas em padrões únicos, que funcionam como uma 'impressão digital' para identificação individual.
Sua barriga é branca, e sua pele, que pode ter até 15 centímetros de espessura, é coberta por pequenos dentículos dérmicos que reduzem o atrito na água.
Os tubarões-baleia são conhecidos por realizar longas migrações em busca de comida, seguindo os ciclos de reprodução de plâncton e cardumes de pequenos peixes.
Eles costumam ser mais encontrados em locais como o Golfo do México, Filipinas, Indonésia, Austrália e Ilhas Galápagos.
Apesar de serem solitários na maior parte do tempo, é comum que esses animais se reúnam em determinadas épocas do ano para se alimentar em grandes concentrações.
Esses encontros ocorrem, por exemplo, na costa de Belize e no arquipélago de Seychelles (foto).
A reprodução do tubarão-baleia ainda é pouco compreendida, mas sabe-se que as fêmeas são ovovivíparas, ou seja, os embriões se desenvolvem dentro dos ovos dentro do corpo da mãe até estarem prontos para nascer.
Estima-se que uma única fêmea possa carregar centenas de filhotes em diferentes estágios de desenvolvimento.
Infelizmente, o tubarão-baleia está classificado como 'em perigo' pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
Suas principais ameaças incluem a pesca incidental, colisões com embarcações, degradação de habitats e mudanças climáticas. Em algumas regiões, ele é caçado por sua carne, barbatanas e óleo de fígado.
Além disso, sua lenta taxa de reprodução torna a espécie particularmente vulnerável à exploração humana.
Esforços de conservação têm sido implementados para proteger o tubarão-baleia, incluindo a criação de áreas marinhas protegidas, regulamentações de pesca e programas de ecoturismo sustentável.
Em muitos lugares, como nas Filipinas, México e Austrália, o mergulho com tubarões-baleia tornou-se uma atração turística popular, gerando renda para comunidades locais e incentivando a preservação da espécie.