Diversas homenagens estão sendo programadas em memória da escritora, que faleceu precocemente em 16 de novembro de 1983, aos 58 anos, vítima de um câncer no intestino.
Entre as homenagens, estão previstos o relançamento de seu romance 'Nenê Bonet' e uma exposição no Museu da Imagem e do Som (RJ), que exibirá sinopses, fotos e gravações pessoais.
Seus filhos também prestarão homenagens. Sua filha, Denise Emmer, fará um concerto com trilhas de suas novelas, enquanto seu filho Alfredo regravará 'Clair de Lune' (música que inspirou seu nome) e lançará um curta sobre a mãe.
A importância de Janete é reforçada por acontecimentos como o de 1972, quando um capítulo de 'Selva de Pedra' alcançou 100% de audiência, algo único na história! Saiba mais sobre a trajetória dela.
Nascida em 25 de abril de 1925, em Conquista, no interior de Minas Gerais, Janete Clair começou sua carreira como radialista.
Sua estreia na televisão foi em 1963, com a novela 'Nuvem de Fogo', exibida pela extinta TV Rio.
No entanto, foi na TV Globo que ela consolidou sua fama, criando obras que se tornaram algumas das mais clássicas do gênero.
Entre suas obras mais memoráveis estão 'Irmãos Coragem' (1970), 'Selva de Pedra' (1972), 'Pecado Capital' (1975), 'O Astro' (1977) e 'Dancin' Days' (1978).
Uma curiosidade sobre Janete: ela precisou escrever o roteiro de 'Pecado Capital' em duas semanas para substituir 'Roque Santeiro' (1975), que foi censurada pela ditadura na época e só estreou de fato em 1985.
Suas tramas eram conhecidas por abordar conflitos familiares intensos, reviravoltas dramáticas e temas sociais, sempre com personagens marcantes.
A autora sabia como ninguém prender a atenção dos telespectadores, criando ganchos diários e desfechos inesperados.
Janete foi casada com o também autor Alfredo Dias Gomes, com quem teve quatro filhos.
Juntos, eles formaram uma das parcerias mais icônicas da dramaturgia brasileira, ainda que cada um mantivesse seu estilo próprio.
Mesmo após sua morte, suas novelas continuaram sendo reprisadas e influenciando novas gerações de autores.
Sua obra permanece como referência na história da televisão brasileira, e seu estilo narrativo intenso e emocionante ainda é lembrado com admiração.
Vítima de um câncer no intestino, Janete deixou inacabada a novela 'Eu Prometo' (1983), que foi finalizada por Glória Perez.