Nos estudos, os cientistas isolaram em laboratório o hormônio, que batizaram de exendina-4, e perceberam que ele é muito parecido com o GLP-1 - hormônio que o intestino humano produz naturalmente para controlar os níveis de açúcar no sangue após as refeições.
Porém, o GLP-1 é excretado pelo corpo humano rapidamente. Já a exendina-4 mantém-se no organismo por mais tempo, produzindo efeito de longo prazo no controle da glicose.
A partir dele, com algumas mudanças pequenas na cadeia de aminoácidos, foram elaboradas substâncias com efeitos maiores nessa redução de glicose. É o caso da semaglutida, o princípio ativo do Ozempic.
“Podemos encontrar compostos ainda mais eficazes no veneno de algum outro animal, ou criar versões sintéticas que ataquem doenças por novos ângulos”, ressaltou o professor Kini.
Embora seja um animal de pequeno porte, de caminhar vagaroso e aparência inofensiva, o monstro-de-gila pode oferecer riscos aos seres humanos exatamente por seu veneno, embora acidentes não sejam muito comuns.