A produção de queijos, em geral, tem uma história cercada de evidências arqueológicas. No entanto, os queijos magros surgiram posteriormente, com a preocupação crescente com a saúde e a redução do consumo de gorduras.
Afinal, eles são produzidos a partir de leite desnatado ou com baixo teor de gordura, e são uma alternativa saudável para quem busca reduzir a ingestão de gorduras.
Existem diversos tipos de queijos magros, como ricota, cottage, queijo de cabra, muçarela de búfala, queijo minas frescal, entre outros.
O principal deles é a ricota, que tem raízes na Sicília durante a era árabe-siciliana do século IX. Ao longo dos séculos, ela ganhou reconhecimento por sua versatilidade e sabor suave, tornando-se um ingrediente popular na culinária italiana.
Inicialmente, a ricota era uma forma de aproveitar o soro do leite, um subproduto da produção de queijos, mas logo conquistou o consumidor. O nome vem do italiano 'ricotta', que significa 'recozido', referindo-se ao processo de cozedura do soro do leite.
Na Itália, existem diversas versões da ricota, incluindo frescas, defumadas e cremosas. Já no Brasil, ela é conhecida pela sua frescura e versatilidade, sendo utilizada em diversas receitas, tanto doces como salgadas.
A história do queijo cottage remonta à antiguidade, com a sua origem sendo creditada à Europa. Acredita-se que ele era produzido nas áreas rurais, onde as famílias tinham vacas ou ovelhas para obter leite.
Inicialmente, o queijo cottage era produzido em casa, utilizando o leite excedente depois de se tirar o creme. Com o desenvolvimento industrial, a produção deste alimento passou a ser realizada em larga escala, com a utilização de leite desnatado pasteurizado.
O termo 'cottage' pode ser usado em outros contextos, como em produtos derivados de leite (como o queijo) ou em situações onde se pretende enfatizar a simplicidade ou o aspecto rústico de algo.
O queijo de cabra é um dos primeiros exemplos de produção láctea, com provas que datam de 5.000 anos a.C. Os caprinos foram dos primeiros animais domesticados pelos humanos, e este tipo de leite era valorizado por ser uma fonte nutritiva.
Na Idade Média, com raízes em civilizações antigas, como a Grécia e a França, os queijos de cabra serviam como moeda de troca e eram valorizados pela sua qualidade e sabor.
Com a Globalização, o queijo de cabra se espalhou e foi produzido em diversas regiões do mundo, com receitas e tradições únicas em países como França, Grécia, Holanda, entre outros.
A história da muçarela de búfala é ligada à introdução dos búfalos na Itália e, especialmente, à região da Campânia. A crença é que os árabes introduziram esses animais na Sicília, no século VII. Logo depois, os normandos os levaram para a Campânia no século XI.
A produção deste queijo é influenciada pela dieta da búfala, que come forragem da região, conferindo um sabor único a este tipo de alimento.
Na década de 1950, a Muçarela de Búfala ganhou reconhecimento internacional, com a popularização da culinária italiana no cinema. Com a Segunda Guerra, sofreu uma breve interrupção na produção, mas se tornou, em seguida, uma forte iguaria na Itália.
O Queijo Minas Frescal tem raízes ligadas à chegada dos colonizadores portugueses no Brasil e à influência das culturas africanas e indígenas. A produção artesanal ganhou força, especialmente em Minas Gerais, em áreas como a Canastra, Serra do Salitre e Serro.
É um produto fresco, produzido com leite de vaca pasteurizado e conhecido por sua textura macia e sabor suave. Além disso, é um patrimônio cultural imaterial brasileiro, registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Este tipo de queijo é um símbolo da identidade cultural mineira, representando um alimento de tradição que contribui para o desenvolvimento econômico e social do estado.
Os queijos magros são ricos em proteÃnas e cálcio, fontes de nutrientes importantes para o organismo. Além disso, são uma opção saudável para quem busca reduzir a ingestão de gorduras e controlar o peso.
Nesse sentido, o baixo teor de gordura saturada nos queijos magros ajuda a reduzir o colesterol LDL, algo que minimiza as doenças cardíacas.
Dessa forma, a proteína do queijo magro aumenta a saciedade, algo que ajuda a controlar o apetite e a perda de peso. Alguns queijos magros têm menor densidade calórica que os ditos 'normais' e se destaca em que busca dietas.
Alguns queijos, como o minas e o cottage, possuem probióticos que auxiliam na saúde da microbiota intestinal. Isso melhora a digestão e a absorção de nutrientes.
Devido ao seu alto teor de cálcio e fósforo, o queijo cottage pode desempenhar um papel importante na manutenção e no fortalecimento da saúde óssea.
Por conter zinco e vitamina A, o consumo regular do cottage ajuda no fortalecimento do sistema imunológico, uma vez que o organismo consegue combater infecções com mais facilidade.