A descoberta abriu novas frentes de estudo sobre impactos ambientais de longo prazo e reforçou a importância de programas de cuidado, vacinação e acompanhamento genético dos cães locais.
O acidente nuclear em Chernobyl , em 25/4/1986, foi um dos maiores desastres da história mundial. Na ocasião, o território fazia parte da União Soviética. Hoje está em Pripyat, na Ucrânia.
A área ainda registra radiação, mesmo 39 anos após o incidente, e se tornou uma Zona de Exclusão que passou a receber turistas apenas sob rígidas condições de segurança. Desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, porém, as visitas estão suspensas.
Curiosamente, a revista Proceedings of the National Academy of Sciences publicou em 2024 um estudo de pesquisadores da Universidade de Nova York sobre a resistência de animais à radiação em Chernobyl.
Eles fizeram testes com vermes microscópicos na Zona de Exclusão de Chernobyl e descobriram que são imunes ao efeito da radiação. Isso mostra, segundo os cientistas, que esses animais devem possuir mecanismos de reparo de DNA com uma eficácia excepcional.
O desastre aconteceu durante um teste de segurança no reator número 4 da usina. Houve uma explosão seguida de um incêndio que liberou uma grande quantidade de material radioativo na atmosfera.
Já ficou comprovado que a tragédia se deu por falha humana, já que os operadores do reator não seguiram diversos procedimentos de segurança.
O incêndio durou vários dias e as chamas foram visíveis a quilômetros de distância. Milhares de pessoas foram afetadas pelo acidente, tanto na Ucrânia quanto em outros países da Europa.
Para se ter uma ideia, altos níveis de radiação foram detectados em locais como Polônia, Áustria, Suécia, Bielorrússia, além de países distantes, como Reino Unido, Estados Unidos e até Canadá.
Os suecos foram os primeiros a alertar a comunidade internacional sobre o incidente. Até então, os soviéticos estavam tentando encobrir o que havia acontecido, temendo os impactos negativos para a reputação do paÃs.
A radiação liberada pelo acidente causou uma série de efeitos negativos à saúde humana e ao meio ambiente. Cerca de 31 pessoas morreram imediatamente em decorrência do acidente, incluindo bombeiros que trabalharam no combate ao incêndio
Nos anos seguintes, milhares de pessoas foram afetadas por doenças relacionadas à radiação, como câncer e problemas de tireoide. Isso sem falar das sequelas emocionais.
O acidente também teve um impacto significativo no meio ambiente. A radiação liberada contaminou uma área de cerca de 2.600 quilômetros quadrados, afetando a fauna e a flora locais.
A área ao redor da usina ficou conhecida como 'Zona de Exclusão', uma região em que a habitação humana é proibida por causa dos altos níveis de radiação.
O acidente de Chernobyl teve impacto duradouro na indústria nuclear em todo o mundo: levou a uma revisão das normas de segurança em usinas nucleares e a um maior controle regulatório em relação à energia nuclear.
Desde o acidente, houve um aumento no uso de fontes de energia renováveis, como a energia solar e a eólica, como alternativas à energia nuclear.
Cientistas estimam que a região no entorno da usina permanecerá inabitável por até 20 mil anos. Apesar disso, há relatos de pessoas que voltaram a viver na 'zona de exclusão'.
A cidade de Pripyat, onde a usina estava localizada, foi abandonada e se tornou uma cidade fantasma. Após mais de três décadas, a natureza tomou conta do lugar.