“Sou humano. Gostaria de pedir desculpas a todos. Eu não tinha ideia da dimensão que este problema tomaria”, disse ele aos prantos durante uma coletiva de imprensa.
A controvérsia teve início no dia 4 de novembro, quando Itsaragrisil repreendeu Bosch por ela não ter divulgado material promocional sobre a Tailândia.
Quando tentou responder, a candidata foi interrompida aos gritos pelo diretor.
Ele chegou a pedir intervenção dos seguranças e ameaçou eliminar do concurso qualquer participante que se manifestasse em defesa da mexicana.
O episódio foi transmitido ao vivo nas redes sociais e rapidamente viralizou na internet.
A própria Bosch relatou à imprensa que o organizador chegou a chamá-la de “burra” e questionou por que ela ainda continuava falando.
'Porque eu tenho voz. Você não está me respeitando como mulher', rebateu a mexicana.
Diante da repercussão, a Organização Miss Universo publicou uma nota condenando o “comportamento malicioso” de Itsaragrisil.
O presidente da instituição, Raul Rocha, criticou duramente o diretor, afirmando que ele “esqueceu o verdadeiro significado de ser anfitrião”.
'Reitero que o Miss Universo é uma plataforma de empoderamento feminino para que as vozes das mulheres sejam ouvidas no mundo', ressaltou ele.
O presidente também informou que a participação de Itsaragrisil será restringida até o fim da competição, que está agendada para o dia 21 de novembro em Bangkok.
Após a confusão, Bosch disse em entrevista que 'só quer que o seu paÃs saiba que ela não tem medo de fazer sua voz ser ouvida'.
'Estamos no século 21. Eu não sou uma boneca para ser maquiada, produzida e ter minhas roupas trocadas', desabafou.
Além de ser diretor do Miss Universo, Itsaragrisil também é presidente do Miss Grand International (MGI), uma premiação concorrente. E ele já esteve envolvido em outras polêmicas.
Em 2024, o empresário foi alvo de protestos de candidatas do MGI que receberem um passeio turístico simples em vez do cruzeiro de luxo prometido por ele.