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Primeira morte por alergia à carne, causada após picada de carrapato, é confirmada


A ciência confirmou a primeira morte por “alergia à carne”, desencadeada por picadas de carrapato. O caso ocorreu nos Estados Unidos e foi investigado pela equipe que descobriu a síndrome alfa-gal. A condição resulta da sensibilização a uma molécula de açúcar presente na carne de mamíferos. O episódio acende alerta para uma doença pouco conhecida, mas em crescimento silencioso no país.

Por Flipar
Domínio Público/Wikimédia Commons

A fatalidade ocorreu com um piloto de avião de 47 anos, morador de Nova Jersey. Os sintomas começaram após um acampamento no em 2024, quando ele participou de um churrasco familiar. Ele comeu um hambúrguer e apresentou desconforto abdominal intenso, com náuseas e vômitos. Duas semanas depois, ele voltou a comer carne e foi achado pelo filho já inconsciente no banheiro de sua casa.

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Apesar das manobras de reanimação por parte do serviço de emergência, então acionado, o homem não resistiu. A primeira avaliação classificou o episódio como um caso de “morte súbita e inexplicada”. Pesquisadores, porém, confirmaram que a morte foi resultado de reação severa à molécula alfa gal. O caso foi publicado no Journal of Allergy and Clinical Immunology em 12/11/2025.

- Imagem de Catkin por Pixabay

Carrapatos são aracnídeos parasitas que se alimentam do sangue de animais vertebrados, incluindo mamíferos como os seres humanos, aves, répteis e anfíbios.

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Em ambientes rurais, os carrapatos são um grande problema para os animais, como bois e cavalos, entre outros. Eles causam desconforto e estresse nos rebanhos, e também podem transmitir doenças como a babesiose e a anaplasmose, que afetam a saúde e a produção dos bichos.

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Em todo o mundo, há mais de 900 tipos diferentes de carrapatos. No Brasil, existem cerca de 230. Veja agora as principais espécies e como se prevenir com segurança!

Ministério da Saúde Reprodução

Carrapato-estrela: Também conhecido como carrapato-de-cavalo, esse tipo de carrapato é encontrado comumente em áreas selvagens e em fazendas, e é visto frequentemente em capivaras, cavalos, cães e outros animais.

James Gathany/Wikimédia Commons

Se ele estiver infectado com a bactéria Rickettsia rickettsii e picar uma pessoa, pode transmitir a febre maculosa, que pode causar sintomas graves e, em casos mais severos, até mesmo levar à morte.

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Carrapato-de-boi: É uma das espécies mais comuns e prejudiciais no Brasil, especialmente para os fazendeiros. Ele afeta principalmente o gado bovino, causando anemia enfraquecimento e até anemia nos animais.

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Ele é encontrado principalmente em áreas de pastagem e campos abertos, onde vivem uma variedade de animais, incluindo cavalos, bois, capivaras e até mesmo seres humanos.

Divulgação Fio Cruz

Carrapato-marrom: Também conhecido como carrapato-de-cachorro, é uma espécie comum de carrapato que parasita cães, mas também gatos e outros animais domésticos.

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Esses carrapatos são conhecidos por transmitir doenças como a erliquiose e a babesiose canina, que podem ser graves e até mesmo fatais para os animais.

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Evitar que os carrapatos se estabeleçam nos lugares é mais fácil do que controlá-los depois.

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Limpar regularmente os pastos, remover plantas altas, folhas secas e sujeira, ajuda a reduzir o ambiente favorável para os carrapatos.

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Animais como gado e cavalos devem ser mantidos longe de áreas com muita sombra, onde os carrapatos podem ficar escondidos.

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Um programa de banhos regulares com produtos para carrapatos deve ser seguido para eliminar os insetos e evitar novas infestações.

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Já para remover os carrapatos da pele, deve-se use luvas de látex ou borracha para proteger as mãos antes de retirá-los. Depois, com uma pinça fina de ponta longa, segure o carrapato o mais próximo possível da pele do animal ou pessoa, agarrando-o pela cabeça.

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Não torça ou vire o carrapato, pois isso pode fazer com que sua boca fique presa na pele. Com movimentos suaves e firmes, puxe-o para fora.

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Depois de remover o carrapato, limpe a área da picada com água e sabão ou um antisséptico para evitar infecções.

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Após remover o carrapato, coloque-o em um recipiente com álcool ou água sanitária para matá-lo. Nunca o esmague com os dedos, pois isso pode liberar germes.

Imagem de Erik Karits por Pixabay

Fique de olho na área da picada nos próximos dias. Caso note algum inchaço, vermelhidão intensa ou reação incomum, procure atendimento médico ou veterinário com urgência.

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