A banha de porco é uma gordura animal tradicional, muito utilizada na culinária por sua estabilidade em altas temperaturas e por realçar o sabor dos alimentos.
Ela é a gordura branca e sólida, extraída principalmente do tecido adiposo do porco, parte subcutânea, que é derretida e clarificada.
Foi a principal gordura culinária por séculos, especialmente na Europa e em muitas regiões do Brasil, antes da popularização dos óleos vegetais industrializados a partir do século XX.
Na cozinha brasileira, especialmente em Minas Gerais, a banha era amplamente utilizada na culinária tropeira para o preparo de alimentos e para a conservação de carnes, como linguiça e feijão.
A banha tem mais calorias por grama, mas costuma demandar menos quantidade para untar uma panela em comparação ao óleo. No entanto, perdeu popularidade devido à campanha de marketing dos óleos vegetais e à associação da gordura animal com problemas de saúde.
É valorizada para frituras em alta temperatura, como pastéis e torresmo, pois suporta o calor sem perder suas propriedades ou oxidar facilmente.
É excelente para refogar alimentos, como feijão, arroz e legumes, e no preparo de massas, como a 'massa podre' de tortas e empadas, conferindo uma textura e sabor únicos
Contém uma mistura de ácidos graxos saturados, cerca de 40%, e insaturados, 60%, predominantemente ácido oleico, o mesmo graxo monoinsaturado saudável encontrado no azeite de oliva.
Possui alta estabilidade térmica, o que a torna segura para cozimentos longos e frituras, pois não libera tantos compostos tóxicos sob aquecimento intenso quanto alguns óleos vegetais menos estáveis.
Dessa forma, diferente de óleos vegetais neutros, a banha adiciona um sabor suave e característico de porco aos alimentos.
A banha de porco tem sido vista como uma alternativa mais saudável que óleos vegetais populares como o de soja ou milho para frituras e cozimento. Existem argumentos válidos para ambos os lados e a escolha depende do contexto de uso.
Afinal, óleos vegetais como canola e soja são ricos em gorduras insaturadas, enquanto a banha de porco, o óleo de coco e a manteiga são predominantemente compostos por gorduras saturadas.
Ao contrário do óleo de soja e de canola, o processo de extração da banha não envolve o uso de solventes e a alta temperatura pouco causa a formação de gorduras maléficas ao corpo.
Mesmo sendo uma opção mais saudável, a banha de porco ainda é uma gordura e deve ser consumida com moderação para evitar problemas de saúde como ganho de peso.
De acordo com os pesquisadores da Faculdade União das Américas, do Paraná, a banha de porco ganha nessa disputa, com menos impacto no colesterol.
Embora a banha de porco seja uma boa opção para frituras, o azeite de oliva extra virgem continua sendo a melhor escolha para refogar rapidamente ou para consumir em saladas, devido às suas propriedades benéficas.