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Sabor, tradição e polêmica: a volta da banha de porco à mesa brasileira


Com o retorno de práticas culinárias tradicionais, a banha de porco volta a ganhar espaço nas cozinhas brasileiras, impulsionada por chefs e consumidores que buscam sabor e alternativas menos processadas que o óleo vegetal industrializado.

Por Flipar
Peter G Werner/Wikimédia Commons

A banha de porco é uma gordura animal tradicional, muito utilizada na culinária por sua estabilidade em altas temperaturas e por realçar o sabor dos alimentos.

Domínio Público/Wikimédia Commons

Ela é a gordura branca e sólida, extraída principalmente do tecido adiposo do porco, parte subcutânea, que é derretida e clarificada.

Reprodução do Flickr Julieta Arias

Foi a principal gordura culinária por séculos, especialmente na Europa e em muitas regiões do Brasil, antes da popularização dos óleos vegetais industrializados a partir do século XX.

Reprodução do Flickr Jane Williams

Na cozinha brasileira, especialmente em Minas Gerais, a banha era amplamente utilizada na culinária tropeira para o preparo de alimentos e para a conservação de carnes, como linguiça e feijão.

Reprodução do Facebook Video Clip

A banha tem mais calorias por grama, mas costuma demandar menos quantidade para untar uma panela em comparação ao óleo. No entanto, perdeu popularidade devido à campanha de marketing dos óleos vegetais e à associação da gordura animal com problemas de saúde.

Reprodução do Flickr Amaury Rolin

É valorizada para frituras em alta temperatura, como pastéis e torresmo, pois suporta o calor sem perder suas propriedades ou oxidar facilmente.

Reprodução do Yotuube

É excelente para refogar alimentos, como feijão, arroz e legumes, e no preparo de massas, como a 'massa podre' de tortas e empadas, conferindo uma textura e sabor únicos

Reprodução do Flickr ableberry

Contém uma mistura de ácidos graxos saturados, cerca de 40%, e insaturados, 60%, predominantemente ácido oleico, o mesmo graxo monoinsaturado saudável encontrado no azeite de oliva.

Reprodução do Flickr Josh Larios

Possui alta estabilidade térmica, o que a torna segura para cozimentos longos e frituras, pois não libera tantos compostos tóxicos sob aquecimento intenso quanto alguns óleos vegetais menos estáveis.

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Dessa forma, diferente de óleos vegetais neutros, a banha adiciona um sabor suave e característico de porco aos alimentos.

Reprodução do Flickr Veronica

A banha de porco tem sido vista como uma alternativa mais saudável que óleos vegetais populares como o de soja ou milho para frituras e cozimento. Existem argumentos válidos para ambos os lados e a escolha depende do contexto de uso.

Reprodução do Youtube

Afinal, óleos vegetais como canola e soja são ricos em gorduras insaturadas, enquanto a banha de porco, o óleo de coco e a manteiga são predominantemente compostos por gorduras saturadas.

Reprodução do Flickr Jennifer McGruther

Ao contrário do óleo de soja e de canola, o processo de extração da banha não envolve o uso de solventes e a alta temperatura pouco causa a formação de gorduras maléficas ao corpo.

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Mesmo sendo uma opção mais saudável, a banha de porco ainda é uma gordura e deve ser consumida com moderação para evitar problemas de saúde como ganho de peso.

Reprodução de vídeo Globoplay

De acordo com os pesquisadores da Faculdade União das Américas, do Paraná, a banha de porco ganha nessa disputa, com menos impacto no colesterol.

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Embora a banha de porco seja uma boa opção para frituras, o azeite de oliva extra virgem continua sendo a melhor escolha para refogar rapidamente ou para consumir em saladas, devido às suas propriedades benéficas.

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