Werner Rydl, de 68 anos, diz ter um patrimônio de R$ 183 bilhões, declarado publicamente em seu imposto de renda.
O homem admite ter sonegado o equivalente a R$ 1 bilhão em impostos das 186 empresas que ele diz ter na Áustria, antes de vir para o Brasil.
As 'revelações' do austríaco não param por aí: ele diz ter fundado um banco com moeda própria (a 'Eternity'), localizado no meio do oceano.
No mesmo lugar — que seria a cerca de 90 km da costa do Rio Grande do Norte — Rydl afirma ter escondido 306 toneladas de ouro em uma área submersa que chama de 'Seagarland'.
Para se ter uma ideia, essa quantidade de ouro seria mais que o dobro das reservas do Banco Central, por exemplo.
'Comecei meu patrimônio comprando 120 toneladas de ouro com o dinheiro que ganhei 'embargando' os impostos na Áustria', explicou o austríaco.
'Depois, fui aumentando o meu patrimônio, comprando mais ouro, como está no meu imposto de renda. Pode ver lá, nas minhas declarações. Está tudo na internet', declara Rydl.
A Polícia Federal suspeita que o austríaco atue no Brasil como lavador de dinheiro para criminosos.
Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), ele movimentou R$ 343 milhões entre 2018 e 2022.
A vida de Rydl é marcada por prisões na Áustria e no Brasil, incluindo exportações ilegais, tráfico de madeira na Amazônia e comércio ilegal de ouro, além de processos ainda em andamento.
Na prisão da Papuda, em Brasília, tornou-se amigo de Fernandinho Beira-Mar e de outro detento ligado a garimpos ilegais.
Ele também já controlou um supermercado na fronteira com a Venezuela, onde trocava comida por ouro venezuelano durante a crise humanitária.
Apesar das cifras extravagantes em suas declarações, o homem nunca foi contestado pela Receita Federal.
O curioso é que, apesar de declarar patrimônio bilionário, Rydl vive de forma simples, em uma casa alugada no povoado de Ponta do Mel, Rio Grande do Norte.
O austríaco é cheio de histórias excêntricas e controversas. Ele diz que já queimou uma pilha de dinheiro austríaco em protesto contra impostos e garante ter um esconderijo protegido com torpedos na costa da Turquia.
Rydl também se autodeclara descendente da ex-imperatriz brasileira Maria Leopoldina, tendo inclusive um quadro dela e do ex-marido, Dom Pedro I, em uma parede de sua casa.
Por meio de uma carta enviada ao presidente Lula, Rydl chegou a se autocandidatar à presidência do Banco Central, alegando ser 'o mais capacitado para o cargo'.
Sobre seu suposto território chamado 'Seagarland', Rydl afirma não ter medo de ser roubado porque 'monitora a área com satélites'.
Em junho de 2025, a revista Piauí publicou um longo perfil sobre a vida excêntrica de Werner Rydl e seus supostos empreendimentos.