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Maior predador aquático da América do Sul: ressurgimento da ariranha gigante após 40 anos empolga cientistas


Após décadas desaparecida das águas da região do Cone Sul, a ariranha gigante voltou a ocupar seu lugar em alguns desses ambientes.

Por Flipar
Flickr Ivan Fucci

A presença confirmada desse grande mustelídeo revela um avanço importante para a biodiversidade sul-americana, já que sua atuação como predador ajuda a restabelecer o equilíbrio natural dos pântanos.

- Flickr Roger Sargent

Esse retorno só se concretizou graças ao trabalho coordenado por diversas instituições, sob liderança da Rewilding Argentina.

Reprodução

Desde 2017, a organização de conservação sem fins lucrativos conduz um amplo esforço de resgate e reintrodução da espécie no país.

Imagem de Stefan Weiss por Pixabay

O projeto precisou de uma logística complexa, acordos internacionais e manuseio especializado para reintroduzir a espécie.

Flickr Juvenil Cares

A primeira família foi solta no Parque Nacional Iberá, local que se estabeleceu como um modelo global de restauração de fauna na América do Sul.

Joshua Stone/Wikimédia commons

O processo de reintrodução exigiu planejamento cuidadoso, incluindo a seleção de casais para reprodução e adaptações comportamentais antes da libertação.

Imagem de Tanja Richter por Pixabay

Para que tudo funcionasse, foi necessária a construção de estruturas de quarentena específicas, além de um monitoramento contínuo após a soltura.

Muhammad por Pixabay

Também houve treinamento para que os animais voltassem a identificar e capturar presas nativas.

Flickr Jorge Vieira

Além disso, o aumento nos avistamentos está incentivando a criação de novos percursos para guias locais, ampliando o retorno econômico gerado pelo ecoturismo.

Divulgação/ICMBio

A ariranha, também conhecida como lontra-gigante, é o maior mustelídeo das Américas e uma das maiores espécies de lontra do mundo, podendo alcançar até 1,8 metro de comprimento.

jebin ephrimraj/Unsplash

Sua distribuição geográfica abrange biomas do Brasil (Amazônia, Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica), o leste dos Andes até o norte da Argentina.

F. Muhammad por Pixabay

Elas vivem em ambientes de água doce, como rios e lagos de pouca correnteza, que muitas vezes inundam sazonalmente.

F. Muhammad por Pixabay

É um animal extremamente comunicativo: emite uma grande variedade de sons para alertar sobre perigos, coordenar atividades e reforçar laços sociais.

- Flickr Allan Hopkins

Como predador de topo na cadeia alimentar, sua dieta é carnívora, baseada principalmente em peixes, mas também pode incluir crustáceos e moluscos.

Flickr GENIVAL GONZAGA

Ocasionalmente, pode incluir pequenos vertebrados, como mamíferos, ovos, aves aquáticas, e até mesmo presas maiores como tartarugas, cobras e jacarés.

Flickr Leigh Sherratt

A espécie é territorial e marca as margens dos rios com secreções odoríferas, deixando claro aos rivais os limites de seu espaço.

Flickr Ana Carolina Pavarina

Apesar de sua agilidade e força, a ariranha enfrenta sérias ameaças, como destruição de habitat e a contaminação dos rios por mercúrio devido ao garimpo.

Flickr Roger Sargent