Brasil

Pedido de prisão dos Nardoni alega 'comoção social'

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postado em 02/05/2008 08:55
O principal argumento usado pela polícia para pedir a prisão preventiva de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá é que, caso fiquem em liberdade, podem atrapalhar a investigação do caso. Eles foram indiciados pela morte de Isabella Nardoni, em 29 de março. Entre os argumentos, a polícia menciona ainda que o crime ?provocou imensurável comoção social?. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a representação com o pedido de prisão preventiva - enviada anteontem ao Ministério Público Estadual (MPE) juntamente com as provas recolhidas pela polícia e com o relatório que conclui o inquérito policial - mistura uma abordagem emocional com o caráter técnico que o documento deveria ter. A prisão foi pedida, em resumo, para preservar a ordem pública, impedir a fuga dos indiciados e garantir a aplicação da lei penal. A negativa de autoria do crime, por parte de Alexandre e Anna Carolina, é vista pela polícia como uma encenação. A comoção social, diz o documento, explica-se porque Isabella era uma menina feliz, saudável, inteligente e cheia de sonhos. Alexandre, que deveria protegê-la, nas palavras da polícia, é descrito como ?um pai capaz de atirar a filha da janela de seu apartamento, preocupado em limpar o chão sujo de sangue ao invés de socorrê-la, preocupado em encenar juntamente com sua esposa, ao invés de chorar a morte da filha, um pai inerte e abobalhado diante da fúria de Anna Carolina, que asfixiava a pequena Isabella na sua presença?. Na representação, o crime é classificado de hediondo, e afirma-se que o casal, caso permaneça livre, encontrará outras formas de atrapalhar a aplicação da lei penal, o que causa prejuízo à ordem pública. O pedido será apreciado pelo promotor Francisco Cembranelli, que deve pronunciar-se no início da próxima semana. Em seguida, o caso vai para o juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri. É ele quem vai decidir se decreta a preventiva e se aceita a denúncia contra Alexandre e Anna Carolina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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