Brasil

Desvalorizadas, mas guerreiras

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postado em 27/08/2008 09:26
Elas ganhavam menos que suas colegas norte-americanas, com quem trabalhavam desempenhando as mesmas funções. Também não tinham patentes como as demais estrangeiras presentes na Segunda Guerra. As 73 enfermeiras que foram para a Itália junto com as tropas da Força Expedicionária Brasileira (FEB), porém, nada ficaram devendo às suas companheiras de profissão. Ao contrário, receberam elogios de seus superiores e dos médicos que atuavam nos hospitais que atendiam os feridos na batalha.

nossa enfermeira iria desempenhar no teatro de operações a missão profissional e de representante das virtudes da mulher brasileira", escreveu Mascarenhas de Moraes em seu relatório final sobre a guerra. Segundo o comandante da FEB, as profissionais tiveram que superar as adversidades. contras as condições hostis, sofrendo ainda no Brasil a maledicência impatriótica de alguns", afirmou o general. Das 73 enfermeiras que foram para a Europa, 63 pertenciam ao Exército e as demais à Aeronáutica.

Para tentar se igualar às colegas americanas, as enfermeiras brasileiras ganharam a patente de segundo tenente, mas com salários inferiores aos que ganhavam os homens neste mesmo posto. O recrutamento, segundo o relatório de Mascarenhas de Morais, seria apenas de mulheres de elevado potencial cultural - os principais grupos seriam da Escola de Enfermagem Ana Nery, do Rio de Janeiro. (EL)

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