Brasil

Insegurança nas estradas maranhenses

Carolina Mello
postado em 24/09/2009 09:30
Desde 2005, foram 250 os assaltos a ônibus nas estradas do Maranhão, registrados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Vítimas da violência, empresas de transporte rodoviário do estado reclamam dos prejuízos. Tanto por queda nas vendas de passagem, devido ao medo dos assaltos por parte dos passageiros, como por investimentos em segurança que não surtem efeito. Segundo levantamento realizado pela Expresso Guanabara, o Maranhão representaria, hoje, 74% dos assaltos a estradas da região Nordeste. Violência Só este mês, foram 36 os assaltos em estradas registrados pela PRF. "O que correspondente a mais de mil pessoas submetidas à violência", enfatiza Rodrigo Mont' Alverne, gerente de marketing da Guanabara. Ele afirma que nos últimos cinco anos, veículos da Guanabara foram alvo de 198 assaltos em estradas do estado. Na tentativa de coibir os assaltos, a empresa afirma ter investido mais de R$ 1 milhão em aparelhos de rastreamento. Segundo Rodrigo, o investimento ainda não surtiu efeito, devido à falta de comunicação da empresa com a PRF, para repassar informações. "Já houve o caso de rastreamos o ônibus interceptado e a PRF alegar greve", afirma. Outro transtorno, de acordo com Rodrigo, estaria na dificuldade de registrar boletins de ocorrência das delegacias de polícia do interior do estado. A maioria dos assaltos acontece de madrugada, quando a maioria das delegacias está fechada. "Um mesmo ônibus da Guanabara foi assaltado duas vezes no mesmo dia", conta Rodrigo. A ousadia dos assaltantes, segundo ele, leva a sequestros dos veículos para estradas vicinais, e fuga dos bandidos em vias urbanas de cidades, como já teria ocorrido em Bacabal. Perigo Rodrigo afirma que a via mais perigosa é BR-316, nos trechos que ligam o município de Bacabal até o estado do Pará, e o município de Santa Inês até Açailândia. Para o gerente, a solução do problema seria uma ação conjunta entre a PRF e a Secretaria Estadual de Segurança, através de suas Polícias Civil e Militar, e cooperação do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT), já que o gerente acredita que a existência excessiva de lombadas nas estradas facilita a ação dos bandidos. "A região do polígono da maconha, em Pernambuco, era a mais violenta do Nordeste, mas o problema foi resolvido com uma ação de segurança integrada", cita Rodrigo.

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