Brasil

Governo assina acordo para reduzir o sódio dos alimentos industrializados

postado em 28/08/2012 14:20
O terceiro acordo para reduz a quantidade de sódio dos alimentos industrializados será assinado nesta terça-feira (28/8) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), Edmundo Klotz. O acordo aborda produtos como temperos prontos, margarina vegetal e cereais matinais.

A iniciativa faz parte do Plano de Ações Estratégicas para o Enfretamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). O sal é considerado um dos maiores responsáveis pelo desenvolvimento da hipertensão arterial, sobretudo, entre os mais jovens. O termo de compromisso estabelece o acompanhamento das informações da rotulagem nutricional dos produtos e as análises laboratoriais de produtos coletados no mercado e da utilização dos ingredientes à base de sódio pelas indústrias.

Nos documentos anteriores, foram contemplados macarrões instantâneos, bisnagas, pão de forma, pão francês, mistura para bolos, salgadinhos de milho, batata frita/palha, biscoitos e maionese. Somados os três convênios, a previsão é de que até 2020, estejam fora das prateleiras mais de 20 mil toneladas de sódio.

O sódio é um elemento químico encontrado no sal de cozinha e em grande parte dos alimentos. De acordo com a nutricionista, Denise Ramos, é preciso evitar alimentos industrializados como presunto, salsicha, caldos prontos e envelopes de temperos. "O sal em excesso constituiu um fator de risco para doenças cardiovasculares, hipertensão arterial e doenças renais", ressalta. A nutricionista ainda aconselha a sempre utilizar temperos naturais. "Leia sempre os rótulos dos alimentos, aquele produto inocente, com baixíssima calorias, pode conter um valor alto de sódio".



[SAIBAMAIS] A Organização Mundial da Saúde recomenda um consumo máximo de 2000mg (2g) de sódio por pessoa ao dia, o que equivale a 5g de sal. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam, no entanto, que o consumo do brasileiro está em 12 gramas diários, valor que ultrapassa seis vezes o recomendado.

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