Macarrão influencia na condenação de Bola pela morte de Eliza Samudio

O depoimento de Macarrão durante julgamento em novembro foi fundamental para a decisão dos jurados de punir o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, a 22 anos de cadeia em regime fechado

Landercy Hemerson

postado em 29/04/2013 07:57

Belo Horizonte ; A confissão de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, de 27 anos, ex-amigo e funcionário do goleiro Bruno Fernandes de Souza, de 28, em julgamento realizado em novembro, produziu um efeito dominó. Diante do júri, ele revelou a discussão que teve com Bruno no dia da morte de Eliza Samudio e disse: ;eu estava pressentindo que estava levando a senhorita para morrer;. A partir daquele momento, foi desencadeada a consolidação das acusações contra os três principais envolvidos no assassinato e ocultação do cadáver da ex-amante do jogador. Além de Macarrão, sentenciado a 15 anos, e Bruno, a 22 anos e 3 meses pelos crimes, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, de 50 anos, acabou condenado a 22 anos de prisão em regime fechado, na noite de sábado, mesmo negando participação no caso.

[SAIBAMAIS]O criminalista e professor de Direito Penal da PUC Minas Guilherme Marinho avaliou que o julgamento foi óbvio. ;A decisão do conselho de sentença considerou as sentenças dos dois júris anteriores, em que os réus confessaram, e não as análises dos elementos de convicção da culpa de Marcos Aparecido;, avaliou. O promotor do caso, Henry Wagner Vasconcelos, dizendo-se satisfeito com a condenação do ex-policial pelo homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver, admite a importância da confissão de Luiz Henrique. ;O julgamento de Macarrão foi o mais tenso, diante da possibilidade ou não de confissão. Com a sentença dele, transitada em julgado, foi expedido o atestado de óbito de Eliza, por asfixia;.