Brasil

Região Norte tem maior participação no Programa Mais Médicos, diz Padilha

O ministro divulgou ainda que profissionais de 60 países solicitaram adesão ao programa. Espanha, Argentina e Portugal lideram lista

postado em 26/07/2013 16:38
De acordo com o levantamento divulgado nesta sexta-feira (26/7), pelo ministro da saúde Alexandre Padilha, 3.511 municípios se inscreveram no Programa Mais Médicos, ou 63% das cidades brasileiras. A região Norte teve a a maior participação com 73% de seus municípios.

Alexandre Padilha fala sobre os dados do Programa Mais Médicos em coletiva de imprensa

No primeiro mês de inscrição, 15.460 vagas foram solicitadas por diversos estados. O total de médicos brasileiros e estrageiros inscritos é de 18.450, desses, quase dois mil são estrangeiros. Segundo Padilha, os países que tiveram maior adesão ao Mais Médicos foram: Espanha, Argentina e Portugal.

Os cadastros para a segunda fase do programa podem ser feitos a partir do dia 15 de agosto, as incrições nesse período será tranto para médicos quanto para municípios. O Ministério da Saúde informou que 15.327 médicos ainda podem se cadastrar no programa.

Boicote
Alexandre Padilha esclareceu que desde quando surgiram as primeiras denúncias sobre uma possível fraude no Programa, a pasta tomou uma série de medidas, entre elas, acionar a Polícia Federal e o Ministério Público. "A Polícia Federal tem o seu processo de investigação, certamente, os dados dos primeiros meses de inscrição podem ajudar a identificar todos aqueles que pretendem boicotar o programa" enfatizou Padilha.

Demissões

Os municípios estão proibidos de demitir profissionais que atuam na atenção básica e substituí-lo pelo Mais Médicos. "As regras do edital e o mecanismo de inscrição impedem essas demissões. Vamos cruzar os cadastros de junho e julho e fazer um levantamento para identificar quais são os novos médicos e os profissionais que já atuavam na região", disse Padilha. Vele ressaltar que o profissional do Mais Médicos só pode ser transferido para áreas carentes.

Cuba

"Não existe nenhum preconceito do Ministério da Saúde com relação aos médicos cubanos ou qualquer outro país que se inscreveu. A saúde pública de Cuba nos ajudou a reduzir a mortalidade infantil" explicou o ministro da saúde. Ainda de acordo com Padilha, a Bolívia não pode fazer parte do programa porque tem pouca quantidade de médicos, se comparados ao número de habitantes.

Programa Mais Médicos

O objetivo é acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país. Além da chamada de médicos, a iniciativa prevê o aumento das oportunidades de formação médica no Brasil, com a criação de 11,5 mil novas vagas de Medicina e 12 mil de residência, além do aprimoramento da formação médica com a inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).

Em 1; de agosto será divulgada a relação de profissionais com registro profissional no Brasil que terão de homologar a participação e assinar um termo de compromisso até 3 de agosto. Dois dias depois, as escolhas serão validadas no Diário Oficial da União. As vagas remanescentes serão divulgadas em 6 de agosto. O processo de escolha nesta segunda etapa vai até 8 do mesmo mês e os resultados serão publicados em 13 de agosto.

Os profissionais que atuarão no programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa. Os municípios ficarão responsáveis por garantir moradia e alimentação aos médicos, além de ter de acessar recursos do ministério para construção, reforma e ampliação das unidades básicas.

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