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Entidades pedem federalização de crimes contra profissionais de imprensa

Conselheiro Celso Schröder, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), destacou que a medida é importante para garantir o sucesso do processo investigatório

postado em 10/02/2014 16:24
A federalização das investigações dos crimes contra profissionais da imprensa e a criação de um observatório nacional para uniformizar as estatísticas sobre a violência contra jornalistas foram propostas nesta segunda-feira (10/2), em reunião na Comissão Temática do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, que tratou do tema liberdade de expressão.

[SAIBAMAIS]O conselheiro Celso Schr;der, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), destacou que a medida é importante para garantir o sucesso do processo investigatório. Umas das grandes dificuldades identificadas na reunião diz respeito às estatísticas desencontradas que, segundo os conselheiros, tiram a credibilidade dos números e dificultam o conhecimento da real situação dos profissionais no país.

;Forças regionais e conservadoras podem incidir sobre as investigações, que, muitas vezes, são falhas e contaminadas;, ressaltou Schr;der.

Outra proposta foi a adoção de um protocolo de segurança entre as empresas de comunicação e os empregados. Na opinião da conselheira Maria José Braga, também da Fenaj, esse protocolo possibilitaria, por exemplo, que fossem constituídas nas redações dos veículos comissões de segurança, que teriam condições de avaliar o risco e definir medidas mitigatórias.

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Maria José lembrou que o repórter cinematográfico da TV Bandeirantes Santiago Andrade estava sozinho e, ao filmar, não poderia observar o que ocorria ao seu redor. ;Ele não poderia estar só num momento daquele;, afirmou Maria José.

Os conselheiros discutiram também um parecer sobre três projetos de lei que tratam da obrigatoriedade de fornecimento de itens de segurança aos jornalistas, como capacetes e coletes à prova de bala. O relatório da representante da sociedade civil no colegiado, Wrana Panizzi, é favorável às propostas, mas os demais conselheiros disseram que só isso não é suficiente para proteger os profissionais da violência.

O conselho é um órgão auxiliar consultivo do Congresso Nacional para assuntos relacionados à área de comunicação social. É formado por 13 conselheiros titulares e 13 suplentes, que representam as categorias empresariais e profissionais ligadas ao setor, além de contar com representação específica da sociedade civil.

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