postado em 03/03/2015 07:51
O debate sobre o alcoolismo no Brasil ganhou contornos trágicos no sábado, com a morte do estudante mineiro Humberto Moura Fonseca, 23 anos, que sofreu um enfarto após consumir bebidas em excesso em uma festa universitária em Bauru (SP). O incidente ocorreu na mesma semana em que o Congresso enviou para sanção presidencial projeto de lei que criminaliza a venda de bebidas alcoólicas para menores de idade, situação considerada preocupante pelo Ministério da Saúde.
Um dos diagnósticos mais graves das autoridades de saúde em relação ao consumo de álcool no Brasil e principal causa da morte de Humberto é o consumo excessivo da bebida pela população. Segundo dados de 2013 da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, 16,4% da população brasileira bebe de forma abusiva pelo menos uma vez no mês. Em grupos de jovens na faixa etária de Humberto, o percentual sobe para 19%. O estudo considera como consumo abusivo quatro ou mais doses ingeridas por mulheres e cinco ou mais para homens. De acordo com testemunhas, Humberto bebeu muito mais. Na página dele em uma rede social, o rapaz disse: ;Melhor morrer de vodca do que de tédio;.
Segundo o delegado Mário Ramos, o jovem teria bebido pelo menos 25 doses de 50 mililitros de vodca durante competição etílica na festa open bar chamada InterReps. ;O grande ponto que explica o consumo em excesso de bebidas alcoólicas, como nesse caso, é a pressão do grupo, a tentativa de parecer mais forte. Em geral, o abuso no uso de álcool ocorre nesse tipo de situação;, explica Arthur Guerra, psiquiatra e presidente da ONG Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa).
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