Brasil

Frente ao Uber, taxistas oferecem mimos para reconquistar clientes

Nos carros, passageiros encontram água, balas e bombons, tudo para recuperar a confiança e o respeito dos passageiros

postado em 12/08/2015 12:10
Como cortesia, no veículo de Daniel, os clientes têm acesso a água, balas e bombons
Em meio a protestos e violência entre os taxistas e motoristas do Uber, um mineiro, natural de Belo Horizonte, resolveu destoar da maioria dos colegas nesse cenário de desentendimento. Taxista há 13 anos, Daniel Santarelle-LeFosse começa a trabalhar às 4h da manhã. Vestido com traje social, à maneira dos concorrentes, ele se colocou a meta de atender a todos os passageiros com respeito e cordialidade: ;Eu percebi que a nossa categoria estava efetuando um serviço defasado, que não atendia mais às expectativas da população. Por isso, resolvi inovar para resgatar o respeito e a admiração do passageiro;.

[SAIBAMAIS]Como cortesia, no veículo de Daniel, os clientes têm acesso a água, balas e bombons. Além de revistas à disposição. O taxista garante que os custos da inovação não foram repassado aos usuários. Com o apoio dos clientes, Le Fosse passou a divulgar a iniciativa para os colegas de profissão e teve boa aceitação. Hoje, Daniel diz conhecer outros dez taxistas que compartilham da mesma atitude. ;Meu lema é: máxima dedicação à menor necessidade do cliente. Os taxistas têm o dever de oferecer desde orientação turística a auxílio ao idoso;, ressalta Daniel.

Daniel diz que serviço de qualidade e bom atendimento são a estratégia
Ricardo Santana, taxista há nove anos, foi um dos que compraram a ideia. ;A concorrência nos apresentou um ponto positivo e, ao em vez de agredir, resolvemos levar vantagem. Inicialmente, a nossa intenção é resgatar a confiança daqueles clientes que, ao longo do tempo, acabamos perdendo por causa de atitudes inadequadas de colegas de profissão;, informou Santana.



Mesmo não apoiando a forma como o Uber invadiu o cenário de transportes no Brasil, Le Fosse garante não aceitar atitudes de violência. ;Eu amo a minha profissão e quero lutar por ela, mas quero fazer isso corretamente. Vamos vencer essa guerra com melhoria no serviço e não com violência. Fazendo a minha parte, talvez eu consiga dar exemplo aos que estão perdendo a cabeça;, declarou Daniel.

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