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Polícia do Rio diz que investigação de estupro é 'técnica e imparcial'

Declaração foi feita após advogada da vítima afirmar que vai pedir o afastamento do delegado do caso

Agência Estado
postado em 28/05/2016 14:15
Após a advogada da adolescente de 16 anos que foi vítima de um estupro coletivo na zona oeste do Rio informar, neste sábado, que pedirá o afastamento do delegado Alessandro Thiers das investigações do caso, a Polícia Civil afirmou, em nota, que as apurações são conduzidas de forma "técnica e imparcial". Segundo a polícia, um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanhará a investigação.

Mais cedo, a advogada Eloísa Samy Santiago afirmou que o titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que cuida do caso porque imagens do crime em vídeo circularam pela internet e redes sociais, teria conduzido o interrogatório de forma inadequada. "Ele perguntou à vítima se ela tinha por hábito participar de sexo em grupo", contou Eloísa ao Estado.

[SAIBAMAIS]Na nota, a Polícia Civil destacou que a investigação do caso tem sido feita "de forma integrada pelas duas delegacias especializadas", além da DRCI, a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV). Ao Estado, Eloísa disse que a delegada Cristiana Bento, titular da DCAV, teve "comportamento exemplar" durante o depoimento da vítima. "A investigação é conduzida de forma técnica e imparcial, na busca da verdade dos fatos, para reunir provas do crime e identificar os agressores, os culpados pelo crime", diz a nota da Polícia Civil.

Segundo a assessoria de imprensa do órgão policial, a DRCI informou que "durante a oitiva da vítima, ela confirmou que sofreu o estupro e lhe foi perguntado se tinha conhecimento que havia outro vídeo sendo divulgado em mídias sociais, em que ela apareceria mantendo relações sexuais com homens, conforme relato de uma testemunha".

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Conforme as informações da DRCI, a vítima informou que desconhecia esse outro vídeo. "A mãe da vítima acompanhou todo o depoimento, sendo que, em determinado momento, houve discordância entre a advogada e o desejo da mãe da vítima. Por esta razão a oitiva da mãe foi feita sem a presença da advogada", diz a nota. A Polícia Civil informou ainda que, após ser convidada, a OAB "vai designar representante para acompanhar a investigação", que segue em andamento.

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