Brasil

Interação de crianças com homem nu no MAM, em São Paulo, gera polêmica

Segundo museu, criança que tocou artista estava acompanhada da mãe e que sala onde ocorria a performance estava devidamente sinalizada

postado em 29/09/2017 15:40
Cena da permormance 'La Bête'

A presença de crianças em uma performance protagonizada por um homem nu deu início a nova polêmica nas redes sociais. Fotos e vídeos registrados no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), na terça-feira (26/9), mostram uma garotinha, que aparenta ter cerca de 5 anos, tocando as mãos e os pés do artista, que está nu e deitado imóvel no chão. Em seguida, ela engatinha de volta para a plateia. Em outra imagem que circula na internet, quatro meninas aparecem de mãos dadas com o artista.

As críticas se multiplicaram em publicações desde a madrugada de quinta-feira. O Movimento Brasil Livre (MBL) chegou a dizer que a apresentação seria "incentivo à pedofilia". Em nota divulgada no Facebook, o MAM afirmou que a criança estava acompanhada da mãe e que a sala onde ocorria a performance estava "devidamente sinalizada sobre o teor da apresentação, incluindo a nudez artística". O museu também diz que o trabalho, intitulado La Bête, não tem qualquer conteúdo erótico.

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[SAIBAMAIS]A performance foi realizada pelo artista fluminense Wagner Schwartz, como parte do 35; Panorama da Arte Brasileira. A peça é baseada nos Bichos de Lygia Clark, esculturas de alumínio que podem ser manipuladas pelo público.

A polêmica não deve prejudicar o andamento da exposição. O MAM também esclareceu que a apresentação aconteceu uma única vez e que não será repetida ao longo do evento, que dura até 17 de dezembro.

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Críticas


No início do mês, outra polêmica nas redes sociais levou o Santander Cultural a cancelar a exposição Queermuseum ; Cartografias da Diferença na Arte Brasileira. Algumas imagens foram consideradas ofensivas por parte do público, e foram feitas acusações de incentivo à pedofilia e à zoofilia. A decisão de cancelar a exposição foi do próprio Santander Cultural, que alegou "não querer gerar qualquer tipo de desrespeito e discórdia".

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