Brasil

Vítima de ataque em colégio teve pulmão perfurado e segue em estado grave

Outros três estudantes ficaram feridos e dois foram mortos a tiros por um adolescente, de 14 anos, que era alvo de bullying na escola

Renato Souza
postado em 20/10/2017 18:54
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As quatro vítimas do atentado no colégio Goyases, em Goiânia (GO), continuam internadas em dois hospitais da cidade. Uma das crianças tem 13 anos e teve o pulmão perfurado e seu estado de saúde é considerado grave.
A menina que tem o quadro de saúde mais complicado foi colocada em coma induzido e, de acordo com o diretor do Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO), Ricardo Furtado, ela está na UTI da unidade de saúde. "Ela passou por uma cirurgia de drenagem dos dois pulmões, já que o projétil atingiu os dois pulmões", detalhou o médico.
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Os outros dois pacientes que foram levados para o HUGO são meninos e não tiveram a idade revelada. O estado de saúde de ambos é estável, ainda de acordo com Furtado, já que nenhum dos dois teve órgãos perfurados, apesar de também terem sido atingidos no tórax. Os dois também passaram por cirurgia, mas respiram sem aparelhos e já foram transferidos para a enfermaria, onde permanecem em observação.

A quarta vítima do estudante que abriu fogo contra os colegas de turma no colégio Goyases na manhã desta sexta-feira (20/10), também é do sexo feminino e foi socorrida no Hospital dos Acidentados. A criança, que também não teve a idade divulgada, também não corre risco de morte.

O ataque

Um rapaz, de 14 anos, assistia aulas com os colegas de sala quando, ao ser ofendido, sacou uma pistola .40 da mochila e começou a atirar contra as outras crianças do oitavo ano do Ensino Fundamental. Dois adolescentes morreram e outros quatro ficaram feridos - três foram levados para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e permanecem em estado grave; o outro, encaminhado para o Hospital de Acidentados de Goiânia, está estável.
De acordo com estudantes de sala do suspeito, ele era alvo de bullying por parte de alguns colegas, sentava-se sempre no fundo da sala, tinha poucos amigos e era excluído por causa de seu cheiro. O Correio procurou o colégio Goyases que, por sua vez, não quis se pronunciar sobre o caso por "não ter condições". As aulas na instituição foram suspensas por tempo indeterminado.

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