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Adolescente que matou colegas disse que se inspirou em Columbine e Realengo

No depoimento, o estudante narrou que tinha intenção de matar apenas o colega autor do bullying contra ele, mas no momento do ataque, sentiu vontade de fazer mais vítimas

postado em 20/10/2017 19:24

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O delegado responsável por investigar o ataque à escola Goyases, em Goiânia, no fim da manhã desta sexta-feira (20/10), Luís Gonzaga, afirmou que o adolescente que abriu fogo contra os colegas do 8; ano do ensino fundamental teria se inspirado nos casos da escola de Columbine, ocorrido em 1999, nos EUA, e no atentado a um colégio em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 2011. O menor atirador deixou dois adolescentes mortos e outros quatro feridos. Um deles, uma menina, estava em estado grave até a última atualização desta reportagem, por ter tido os dois pulmões perfurados por um dos disparos efetuados pelo jovem.

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O menor foi apreendido e também foi ouvido pela polícia goiana, na tarde desta sexta. De acordo com Luís Gonzaga, o delegado que tomou o depoimento do jovem, ele tinha a intenção de matar apenas o colega que teria praticado bullying com ele durante a aula de hoje. Porém, no momento em que pegou a pistola .40 da mochila diz ter sentido vontade de fazer mais vítimas, e fez.

A arma usada no atentado pertencia à Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) e estava sob responsabilidade da mãe do adolescente, que é PM, bem como o pai do rapaz. Ao delegado, o jovem disse que achou a pistola escondida em um móvel da casa. Ele não sabia atirar, mas mesmo assim decidiu levar a pistola para o colégio.

[SAIBAMAIS] Revoltado com o bullying recorrente, ainda de acordo com o delegado, ele teria dito que estava planejando o atentato há três meses. Um dos colegas de turma teria tirado um desodorante da bolsa e jogado nele, que era alvo de gozação por conta de seu odor. Neste momento, o jovem retirou a arma da mochila e acabou efetuando um disparo acidental, mas não feriu a ninguém. Em seguida, começou a atirar contra todos dentro de sala.

A Polícia Civil continua com a investigação e deve ouvir os professores e coordenadores da escola.

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